O Grupo NC, controlador da EMS, anuncia a compra de três farmacêuticas do México e protagoniza mais um capítulo no processo de internacionalização da indústria farmacêutica brasileira.
A companhia adquiriu os laboratórios Grupo Imperial, Kosei e Companhia Internacional de Comércio, que pertenciam à Taisho Pharmaceutical, holding japonesa com faturamento aproximado de R$ 7 bilhões. O valor da transação não foi revelado. Com isso, estreia operações no México e reforça sua presença no Exterior. Atualmente, a EMS já exporta medicamentos para 55 países.
Além de incorporar o complexo industrial das farmacêuticas na Cidade do México, o Grupo NC comprou todo o portfólio das empresas, em grande parte formado por medicamentos isentos de prescrição (MIPs). A lista inclui líderes no mercado mexicano, como a pomada antisséptica Vitacilina e o bálsamo analgésico e anti-inflamatório Rocainol, que também são comercializados nos Estados Unidos.
A compra das farmacêuticas do México representa um movimento estratégico para o grupo liderado por Carlos Sanchez. Juntamente com o Brasil, o país responde por 70% do mercado de medicamentos na América Latina, segundo indicadores da Close-Up International. O avanço da internacionalização tende a acelerar o crescimento do laboratório brasileiro, que faturou R$ 18,1 bilhões no ano passado e projeta alta de 22% neste ano.
No Exterior, o Grupo NC também é dono da Galenika, farmacêutica da Sérvia que viabiliza as vendas na região do Leste Europeu; e de um laboratório de pesquisa na Itália.
Nos Estados Unidos, comanda a Vero Biotech (Atlanta) e conta com um braço da EMS em Maryland, que conduz projetos de P&D em áreas terapêuticas como cardiologia, doenças autoimunes, metabólicas e neurodegenerativas, além de oncologia e sistema respiratório.
Em pouco mais de um mês, é o segundo projeto de internacionalização das farmacêuticas brasileiras. Em novembro, a Eurofarma recebeu aval da FDA para iniciar operações nos Estados Unidos.
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