Por Mário Nagano
ZTOP
Parceria firmada com a Universidade do Estado de Ohio e a Fundação Michael J. Fox vai analisar os efeitos positivos do uso desse dispositivo na melhora da mobilidade que sofrem dessa doença degenerativa.
A Honda R&D Americas Inc. anunciou no início desta semana que, em parceria com a Universidade do Estado de Ohio, vai iniciar uma pesquisa para analisar os efeitos positivos do uso do Honda Walking Assist Device em portadores do mal de Parkinson.
Esse estudo conta com o apoio do The Michael J. Fox Foundation (MJFF), uma das principais ONGs do mundo que apoiam o estudo dessa doença, com o objetivo de acelerar a descoberta da sua cura, assim como melhorar as terapias aplicadas nas pessoas que já sofrem deste mal.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="4150813131">Qual o objetivo da pesquisa?
Esse estudo tem como objetivo entender os efeitos de curta e longa duração do uso de dispositivos mecânicos de auxilio à caminhada na melhora da locomoção de pessoas com mal de Parkinson e será conduzido pelos doutores Anne Kloos e Deb Kegelmeyer do Ohio State?s School of Health and Rehabilitation Sciences.
Segundo Jamie Hamilton, PhD e diretora associada do MJFF, os portadores dessa doença sofrem de problemas de desequilíbrio ao caminhar ou errar o passo, de modo que o auxílio proporcionado por um equipamento como o da Honda pode ajudar a corrigir esses problemas, melhorando assim a qualidade de vida desses pacientes..
Kenton Williams, um dos líderes da área de engenharia de pesquisa da Honda R&D diz que é sabido que seu dispositivo melhora de maneira segura a mobilidade de pessoas que já sofreram derrames, de modo que a idéia agora é de avaliar se esse benefício pode ser estendido a portadores de outros problemas neurológicos como Parkinson.
Os próximos passos
Agora começa a Fase II desse projeto, onde pacientes serão selecionados aleatoriamente para usar a máquina de andar da Honda por um período de oito semanas para depois avaliar a melhora na sua mobilidade. Os resultados iniciais devem sair em 2020.
Por enquanto a Honda não vende esse produto nos EUA e também não anunciou planos de colocar esse produto no mercado, pelo menos por agora. (nota do Henrique: a Samsung mostrou algo similar na CES 2019).
Como esse dispositivo funciona?
O Honda Walking Assist Device foi concebido para ser usado por pessoas que podem andar, mas que tem problemas em fazê-lo por problemas neurológicos, como um derrame. Ele é usado nas pernas e na cintura e proporciona um padrão de caminhada mais simétrico, permitindo assim que a pessoa ande mais rápido e por distâncias maiores.
O seu desenvolvimento teve início em 1999 baseado nos estudos da Honda com robôs humanoides como o notório robô ASIMO....
...sendo que seu princípio de funcionamento baseia-se na idéia do ?pêndulo invertido? que descreve de maneira teórica como o ser humano consegue caminhar sobre duas pernas ? ou seja ? esse sistema é na sua essência ?passivo? de modo que seu movimento dinâmico depende mais da força da gravidade e do movimento do corpo, cujo impulso deve ser o suficiente para proporcionar o movimento para frente.
No caso da Honda o assistente de caminhada robotizado é formado por três componentes: a armação da cintura que incorpora o computador de controle, a bateria e os motores posicionados nos lados que transmitem a sua força de movimento para as pernas por meio de armações rígidas que guiam o movimento inicial e o movimento (de chute) da parte inferior das pernas.
Ele detecta o movimento da articulação do quadril durante a caminhada utilizando sensores embutidos nos motores direito e esquerdo, orientando assim o movimento de início e de chute da parte inferior das pernas, auxiliando assim na flexão e extensão das articulações dos quadris com os motores controlados por computador.
O Honda Walking Assist Device mede e verifica o alinhamento entre o lado esquerdo e o direito, a distância do movimento angular, a velocidade da caminhada e outras características, além de verificar esses dados em relação ao histórico de medições do usuário, permitindo que os dados sejam analisados em um computador.
Legal né
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Fonte: ZTOP
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