Foi a primeira vez que dispositivo foi usado em atividade do tipo. Pesquisadores da Universidade de Maryland criaram drone especial.
Por G1
Pela primeira vez, um drone foi usado para o transporte de órgãos para transplante. O feito aconteceu em Baltimore, nos EUA, e levou um rim para uma mulher que aguardava o transplante há oito anos.
O voo inicial foi curto- uma distância de apenas 5 km- mas tem importância significativa para uma possível melhora no tempo de transporte para transplantes, que precisam de rapidez por causa da delicadeza do procedimento.
A equipe liderada pelo médico Joseph Scalea, da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, já havia testado drones para transportar amostras de sangue e outros materiais. Para Scalea foi um grande passo.
"Este foi um processo complexo. Tivemos sucesso por causa da dedicação de todas as pessoas envolvidas durante um longo período", disse em comunicado da universidade.
Scalea diz ainda que a logística de transporte é muitas vezes a parte mais complicada do processo de transplante de órgãos, já que envolve muitas vezes voos fretados caros ou depende dos horários de voos comerciais. Qualquer atraso no percurso pode inviabilizar um transplante.
Para o projeto, os pesquisadores desenvolveram seu próprio drone e também uma tecnologia de monitoramento do órgão. Os parâmetros do dispositivo eram enviados diretamente para o celular da equipe de transplante, a fim de entender melhor a localização e o status do órgão.
Além disso, a estrutura precisava estar dentro das normas estabelecidas pela Administração Federal de Aviação dos EUA, que regula os voos de drones no país.
Segundo a Universidade de Maryland, a paciente Trina Glispy, de 44 anos, recebeu alta e passa bem depois do transplante.
“Essa coisa toda é incrível. Anos atrás, isso não era algo em que você pensaria”, disse Glipsy, que estava em diálise desde 2011.
Comentários