Hypera fez pagamentos indevidos de R$ 110,5 mi

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Valor Econômico
Jornalista: Raquel Brandão


27/05/20 - A Hypera informou ontem, antes da abertura do mercado, que o comitê independente formado em 2018 para apurar as acusações levantadas pela operação “Tira-Teima”, do Ministério Público Federal, concluiu que houve pagamentos indevidos feitos pelo laboratório farmacêutico.

Além dos R$ 33,2 milhões objeto de instrumento de transação firmado por Nelson José de Mello, ex-administrador da companhia que “reconheceu obrigação de indenizar” a Hypera, o comitê identificou um saldo de R$ 110,5 milhões em pagamentos indevidos.

Em acordo com o comitê tripartite (formado por um membro independente do conselho de administração, um membro independente do comitê de auditoria e um membro independente do conselho fiscal), o cofundador da Hypera, José Alves de Queiroz Filho, decidiu pagar o valor remanescente, “sem assunção de responsabilidade”. O valor de R$ 110,5 milhões será pago em quatro parcelas e corrigido pela taxa Selic.

O conselho de administração da Hypera aprovou a adoção das recomendações feitas pelo comitê independente. Embora não identifique essas recomendações, a empresa diz que elas serão “em complemento às medidas já tomadas pela companhia visando o aprimoramento dos mecanismos de compliance, governança e controles internos”.

As ações da Hypera chegaram a liderar a alta na B3 no início do pregão. Fecharam o dia com alta de 7,44%, cotadas a R$ 30,62.

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