SÃO PAULO (Reuters) - A farmacêutica Hypera teve crescimento de receita e lucro no segundo trimestre, apesar dos efeitos das medidas de isolamento social sobre a economia, em resultados divulgados pela companhia no final da sexta-feira.
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A empresa também divulgou estimativas de desempenho em 2020, que são baseadas nos impactos da epidemia de Covid-19, variações cambiais, maior endividamento e incorporação de resultados da aquisição recente da família de medicamentos Buscopan a seu portfólio.
A Hypera espera ter em 2020 receita líquida de 4 bilhões de reais, ante faturamento de 3,3 bilhões no ano passado, e lucro líquido de operações continuadas de cerca de 1,3 bilhão, alta de 9% sobre 2019.
A companhia afirmou que o resultado do segundo trimestre recebeu impulso de consumidores que correram para farmácias no final do primeiro trimestre para estocar medicamentos isentos de prescrição e similares e genéricos, movimento que não foi totalmente capturado pelo balanço do primeiro trimestre.
Porém, a empresa alertou no balanço que o isolamento social resultou em "redução do fluxo de pessoas nas farmácias, menor número de visitas aos médicos e pontos de venda e diminuição do número de consultas médicas, o que impactou negativamente o varejo farmacêutico brasileiro e, consequentemente, o crescimento da Hypera".
A venda geral de produtos da empresa para consumidores via farmácias, chamado pela companhia de "sell out", acabou caindo 1,6% no segundo trimestre, afetada principalmente por abril, quando boa parte do Brasil ainda estava trancado por medidas de quarentena, que passaram a ser flexibilizadas em meados de maio e início de junho. Com isso, no mês passado a Hypera registrou crescimento de 6,6% no sell out.
A Hypera, que é dona de marcas como Coristina, Doril e Addera, teve alta de 17,6% no lucro líquido do segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, para cerca de 400 milhões de reais. A receita líquida avançou 8%, a 1,05 bilhão de reais.
A empresa reduziu despesas com marketing em 15% no período, para 187 milhões de reais, enquanto os gastos com vendas, despesas gerais e administrativas recuaram 2%, a 154 milhões. O fluxo de caixa operacional disparou 80% e a posição de caixa líquido da farmacêutica subiu de 241 milhões no primeiro trimestre deste ano para 370 milhões nos três meses encerrados no final de junho.
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