Por Gustavo Brigatto | Valor
SÃO PAULO - Com um salto de 64% em seu orçamento de compra de mídia, a Hypermarcas ultrapassou a Genomma e se tornou o maior anunciante do Brasil em 2017, segundo a Kantar Ibope Media. O salto da companhia da quarta para a primeira posição no ranking também foi auxiliado pela queda de 9% nos gastos da Genomma ao longo de 2017.
Em comunicado, a Kantar não divulgou valores, mas, em 2016, a Hypermarcas havia registrado R$ 2,28 bilhões em compra de mídia. A Genomma aplicou R$ 3,45 bilhões.
A pesquisa se refere ao quanto os anunciantes compram de espaço publicitário nos veículos de comunicação. Os valores considerados são os de tabela cheia, sem contar descontos e negociações.
O segmento farmacêutico, ao qual pertencem Hypermarcas e Genomma, é o que tem mais empresas na lista dos dez maiores anunciantes do país, com mais Divcom Pharma Nordeste e Ultrafarma.
Neste grupo, está a Unilever, com queda de 35% na verba aplicada, mas mantida na terceira posição. Depois, vem a Ambev, que subiu da sétima para a quarta posição, com alta de 29%. Procter & Gamble avançou um degrau, de sexta para quinta, e recuo de 2% na verba.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">A Divcom Pharma Nordeste teve alta de 42% nos recursos aplicados, saindo do 11º para o 10º lugar. A Claro, por sua vez, passou de 16ª para a sétima, com avanço de 54%. A Caixa registrou queda de 15% em valores e de três posições, para a sexta. A Trivago teve alta de 19% e manteve o nono lugar. Por fim, a Ultrafarma deu um salto do 22º para a décima, com elevação de 50% nos gastos para aquisição de mídia.
Segundo a Kantar, a compra de anúncios publicitários atingiu a marca de R$ 134 bilhões em 2017, um crescimento de 3,1% em relação a 2016. Descontada a inflação, o setor apresentou um crescimento real de 0,15%.
Dentre os dez setores que mais investiram em mídia em 2017, e que juntos representam mais de 80% de toda a atividade publicitária no último ano, apenas comércio, automotivo e bebidas apresentaram retração nos números aferidos. Os que mais cresceram no período foram administração pública e social, com 38%, e farmacêutico, com 22% de variação positiva.
Dos mercados monitorados, São Paulo segue como líder, absorvendo um quarto de toda a verba destinada para compra de espaço publicitário. Ao lado de Rio de Janeiro e Belo Horizonte, os três mercados são responsáveis por receber 38% de todo o investimento de mídia do país.
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