Valor Economico
SÃO PAULO - (Atualizada às 15h48) A farmacêutica Hypermarcas planeja crescer entre 2% e 3% acima do mercado entre 2017 e 2021, segundo informou nesta segunda-feira (4) Claudio Bergamo, presidente da companhia, em evento para investidores. A intenção é manter o ganho de participação de mercado -- no qual a empresa já é lider. "Queremos também manter rentabilidade, com melhoria de produtividade", afirmou o executivo.
Com a expansão, Bergamo defende que a companhia irá manter a política de distribuição de capital aos acionistas, com recompras de ações e pagamentos de dividendos.
Ele destacou que o avanço deve ser realizado com o consumo de caixa próprio, mantendo o endividamento próximo a zero. "Não é trivial, mas é possível."
Nesta segunda-feira, a Hypermarcas também divulgou ata de reunião do conselho de administração que aprovou a mudança do nome da empresa para Hypera.
O crescimento da Hypermarcas deve abranger três áreas, segundo Bergamo: aumento da presença nos mercados nos quais é líder, avanço em setores com baixa presença e atuação em segmentos ainda não desenvolvidos. A intenção é lançar extensões de linhas das marcas líderes, reforçando o posicionamento dos medicamentos sem prescrição. "Estamos longe de maturar essas oportunidades", disse.
Para manter o crescimento, a Hypermarcas terá que ampliar sua capacidade de produção, que, segundo Bergamo, está perto do limite. Para isso, o executivo anunciou a ampliação da fábrica de medicamentos em Anápolis (GO), além da construção de uma nova unidade. Outros investimentos serão na expansão da fábrica de produtos nutricionais e do centro de distribuição de medicamentos.
O tamanho do desembolso, no entanto, ainda não foi definido pela companhia e deverá ser anunciado no primeiro trimestre de 2018, conjuntamente com os resultados anuais. "Grande parte será com caixa próprio e com a venda do centro de distribuição de consumo, que deve valer entre R$ 250 milhões a R$ 300 milhões", completou Bergamo.
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