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Considerada a doença neurodegenerativa mais frequente do mundo, o Parkinson tem tratamento e seu medicamento é feito no Brasil

 

by Luciene Almeida | Newslab

 

Os tremores na mão, a dificuldade de fala e o descontrole nos movimentos estão entre os sintomas mais conhecidos da Doença de Parkinson, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a patologia degenerativa, crônica e progressiva mais frequente no mundo. No mês em que informações sobre a doença ganham ainda mais destaque, devido ao Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, (11/04), estima-se que 200 mil brasileiros convivem com a patologia, segundo a Associação Brasileira Parkinson (ABP).

Tal cenário abre espaço para debater sobre o acesso aos medicamentos necessários ao tratamento, principalmente na fase inicial, que é de extrema importância. “O país tem uma desproporção significativa na produção de IFAs nacionais, principalmente porque produzimos apenas 5% dos insumos consumidos. Os outros 95% são importados da China e Índia. No entanto, conseguimos contribuir com a fabricação de produtos estratégicos, tanto para medicamentos do cotidiano, quanto para drogas específicas, como é caso do tratamento do Parkinson. Estes pacientes precisam ter acesso a esses fármacos e, sem dúvidas, a indústria nacional pode fazer a diferença na qualidade de vida destas pessoas”, comenta Marcelo Mansur, presidente da de uma das fabricantes de insumos farmacêuticos ativos (IFAs).

Embora o Parkinson não tenha cura é possível retardar os efeitos da doença com o tratamento adequado conforme cada estágio. Para tal, o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece os medicamentos por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais e a disponibilidade de terapias focadas na fonoaudiologia, reabilitação motora e psicológica. Porém, qualquer desabastecimento afeta diretamente quem depende destes fármacos.

 

Produção nacional

A entacapona e o dicloridrato de pramipexol, são as bases dos medicamentos responsáveis por combater ao Parkinson. “O dicloridrato de pramipexol atua como um neuroprotetor, aliviando os problemas motores relacionados e impedindo a evolução da doença, além de também proteger os neurônios dos efeitos nocivos da levodopa, medicamento que também é utilizado neste tratamento. A junção das terapias, com o acompanhamento médico adequado, pode trazer muito mais conforto a este paciente”, explica Karla Ceodaro, farmacêutica do setor de pesquisa e desenvolvimento.

O medicamento também está incluso no Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica do Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas com Doença de Parkinson, que fornece o fármaco na rede pública de saúde.

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Joni Mengaldo

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