iLoF de Portugal atua para personalizar medicamentos. Quer duplicar equipe
Startup pretende personalizar a medicina e desenvolver testes menos invasivos para doenças oncológicas. No próximo ano e meio quer duplicar sua equipe.
A startup portuguesa iLoF obteve um financiamento de cinco milhões de dólares (4,9 milhões de euros). A empresa da cidade do Porto em POrtugal está desenvolvendo uma plataforma inteligente que permite levantar grandes quantidades de dados para a construção de uma biblioteca de perfis biológicos, e com isso acelerar o desenvolvimento de medicamentos personalizados e de dispositivos não invasivos para diagnóstico de doenças oncológicas. O investimento permitirá duplicar sua equipe até o final de 2023 e até lá serão contratadas mais de 20 pessoas.
Liderada pela sociedade de capital de risco portuguesa Faber, a injeção de capital também contou com os fundos norte-americanos M12 (capital de risco da Microsoft) e Quiet Captal, além dos europeus Lunar Ventures, Alter Venture Partners, re.Mind Capital, Fluxunit e ams Osram. A título individual participaram Charlie Songhurst, ex-diretor geral da Microsoft, e a Berggruen Holdings, do filantropo Nicolas Berggruen.
No curto prazo, a iLoF trabalhará com os laboratórios farmacêuticos para desenvolver medicamentos personalizados. “Uma das coisas que temos feito bastante é continuar a recolher quantidades muito grandes de dados para aperfeiçoar os algoritmos. Estamos num estudo com cinco hospitais nacionais — em breve, serão sete — financiados pela Roche Portugal, para estratificação de doentes com Alzheimer”, adianta ao ECO Luís Valente, cofundador da startup.
No longo prazo, a aposta é no desenvolvimento de dispositivos não invasivos para diagnóstico de doenças oncológicas. Dentro de três anos, “contamos estar num contexto clínico a criar impacto nos pacientes. Vamos ser uma alternativa comparável a abordagens mais invasivas”.
Com a equipe dividida entre Porto e Oxford (Reino Unido), a iLoF vai duplicar a equipa nos próximos 18 meses graças a esta rodada de investimentos: até ao final de 2023 serão contratadas mais de 20 pessoas, para as áreas de física, ciência de dados, biologia e gestão de produto.
Rodada fechada no início do ano
Depois desta rodada de investimento, a startup que foi fundada em 2019 na cidade do Porto conseguiu levantar um total de mais de US$ 8 milhões em financiamento. Apenas anunciada nesta quinta-feira, a mais recente injeção de capital foi assinada no início deste ano, reconhece Luís Valente.
Numa altura em que há menos capital disponível no ecossistema, o líder da iLoF assume que a empresa “está a ser abordada para investimentos adicionais“. A startup aposta no mercado da medicina personalizada avaliado em US$ 500 bilhões em 2021.
Além de Luís Valente, a iLof conta atualmente com mais duas cofundadoras: Mehak Mumtaz, doutorada em bioquímica e responsável operacional; e Paula Sampaio, doutorada ciências biomédicas e responsável de segurança. Joana Paiva, que também ajudou a fundar esta startup, deixou a empresa no início de 2022.
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