Primeiros protótipos construídos pela equipe com metal líquido biocompatível. - [Imagem: MIT]
Redação do Diário da Saúde
Implantes biodegradáveis
Dispositivos médicos que servem a um propósito de forma robusta, e depois se decompõem ao longo do tempo, eliminando cirurgias de retirada, são extremamente desejáveis, com aplicações que vão desde a administração de medicamentos até o monitoramento de saúde em tempo integral.
É o caso principalmente de implantes dentro do corpo, como stents, grampos ou depósitos de medicamentos, que poderiam se degradar com segurança e sob demanda quando não forem mais necessários.
Em busca de um material resistente e durável que também possa se dissolver após o uso, pesquisadores se voltaram para um candidato inesperado: Metais líquidos.
Vivian Feig e seus colegas de várias instituições identificaram uma liga metálica eutética, formada pelos elementos químicos índio e gálio (EGaIn), como um metal ideal para aplicação biomédica.
Esquema e experimento de biodegradação controlada do metal líquido. - [Imagem: Vivian Feig et al. - 10.1002/adma.202208227]
Metal líquido
A equipe investigou a biodegradação do EGaIn em quatro partes: Iniciando a fragilização, controlando o comportamento de dissolução, demonstrações de potenciais usos biomédicos e biocompatibilidade.
Usando esses quatro ângulos de investigação, eles encontraram uma formulação funcional de EGaIn que consegue funcionar como um metal que pode ser ativado para fornecer propriedades funcionais e um fim de vida controlável.
"Nós agora podemos tirar proveito das excelentes propriedades mecânicas dos metais para fazer dispositivos biomédicos altamente duráveis, e ainda ser capazes de dissolvê-los sob demanda sem exigir procedimentos de recuperação invasivos, como cirurgias," disse Feig.
"Esta capacidade pode melhorar o potencial translacional de tecnologias como sistemas de entrega de medicamentos ingeríveis a longo prazo, stents metálicos e grampos de tecidos metálicos. Olhando adiante, estamos animados para explorar se podemos estender esse mecanismo de ativação ativo para outros metais que são mais comumente usados na prática clínica, como o titânio," concluiu a pesquisadora.
Artigo: Actively-Triggerable Metals via Liquid Metal Embrittlement for Biomedical Applications
Autores: Vivian Feig, Eva Remlova, Benjamin Muller, Johannes L P Kuosmanen, Nikhil Lal, Anna Ginzburg, Kewang Nan, Ashka Patel, Ahmad Mujtaba Jebran, Meghana Prabhu Bantwal, Niora Fabian, Keiko Ishida, Joshua Jenkins, Jan-Georg Rosenboom, Sanghyun Park, Wiam Madani, Alison Hayward, Giovanni Traverso
Publicação: Advanced Materials
DOI: 10.1002/adma.202208227
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