Diante da dependência de insumos vindos da China para a produção de vacinas contra a Covid-19 no Brasil, uma possibilidade levantada é a de importar diretamente doses prontas dos imunizantes para o país.
No entanto, o farmacêutico e ex-diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Dirceu Barbano, explicou à CNN que a logística para a importação de doses prontas é mais complicada por causa do peso extra dos vidros dos frascos, além da fragilidade do material.
Em entrevista nesta terça-feira (26), Barbano esclareceu que, apesar do “rótulo” de insumos, na verdade o que o Brasil já importa é a vacina pronta que necessita apenas do envase em território nacional, feito pelo Instituto Butantan (Coronavac) e Bio-Manguinhos/Fiocruz (Oxford).
“O fato é que nós precisamos de volume de vacina. A grande diferença de um método para o outro é que é muito mais fácil importar os lotes ainda não dentro dos vidros. Muitas vezes o vidro tem um peso maior do que o próprio líquido”, disse Barbano.
“Para fazer o transporte de grandes quantidades de doses é muito melhor fazer fora do vidro, que vem em galões de 200 ou 400 litros, por exemplo. A logística muda bastante”, completou.
by Portal CNN Brasil – SP
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