Indiana Lupin amplia atuação no Brasil e entra em cosméticos

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SÃO PAULO (Reuters) - A farmacêutica indiana Lupin está investindo na ampliação de sua atuação no Brasil, com a entrada no próximo mês no segmento de produtos dermatológicos, além de planos para exportar medicamentos genéricos a partir do país em menos de um ano.

A Lupin entrou no Brasil em 2015 com a aquisição da MedQuímica e vem atuando no país sob a marca da empresa adquirida e com a produção e venda de medicamentos genéricos e de medicamentos sem prescrição médica.

Os planos ocorrem em um momento em que redes de farmácias do país investem agressivamente na expansão de suas lojas no país de olho no envelhecimento da população. A expansão do grupo indiano no Brasil também ocorre enquanto o maior grupo farmacêutico do país, Hypera, investe em estratégia para agilizar seus processos de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.

"Nós decidimos entrar no mercado de especialidades com MedQuímica e nós vamos usar a marca Lupin pela primeira vez no país", disse à Reuters o presidente da Lupin para América Latina, Martin Mercer, acrescentando que desta forma a empresa vai criar duas marcas distintas, mantendo a MedQuímica para os medicamentos genéricos, enquanto os produtos dermatológicos carregarão o nome Lupin.

O projeto da Lupin prevê a entrada de dois produtos inicialmente, um voltado para reduzir rugas e outro para queda de cabelo, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. A fase inicial, com esses dois produtos, deve durar de seis a oito meses, quando produtos complementares devem começar a ser introduzidos.

Os produtos, de uso doméstico, serão recomendados por médicos, uma vez que não são de uso contínuo, mas com aplicação adequada à necessidade individual. Desta forma, a Lupin vai começar no próximo mês a visitar médicos e apresentar os produtos e a evidência médica mostrando os resultados dos tratamentos.

A faixa de preço prevista para os produtos no Brasil deve ficar em torno de 400 a 1.200 reais, dependendo do tratamento recomendado pelo médico.

Segundo o presidente da Lupin no Brasil, Ricardo Lourenço, os preços ficarão em linha com os praticados no exterior, onde os cremes já são comercializados, como Estados Unidos e países da Europa.

Os dois produtos da fase inicial serão importados, enquanto para as próximas fases da unidade de negócios voltada para produtos dermatológicos a Lupin vislumbra a possibilidade de fabricação no país.

Sem citar números, Mercer disse que a empresa investiu no aumento da capacidade no Brasil e que tem atualmente 30 projetos de pesquisa em andamento para ampliação de linha e novos produtos.

"Nós ampliamos uma fábrica e nós já prevíamos que seria uma boa área para produção de cremes... Então, outros produtos que virão no futuro, da mesma marca, nós consideramos fabricar localmente", disse Lourenço.

Segundo os executivos, a empresa tem um compromisso de longo prazo com o país e por isso mantém planos de investimento no Brasil apesar das incertezas do ano eleitoral e marcado ainda por outros eventos, como a greve de caminhoneiros, em maio.

"A Lupin vem de um país emergente. Nós entendemos um país emergente e seus altos e baixos", disse Mercer.

Com cerca de 1.100 funcionários nas operações do Brasil e do México, a empresa vende cerca de 120 milhões de dólares por ano na região.

Mercer afirmou que os negócios são rentáveis no Brasil, embora ainda "menos que gostaria", devido aos gastos de capital.

Ainda como parte do investimento no Brasil, a Lupin planeja começar a exportar medicamentos genéricos a partir do país em menos de um ano, inicialmente para outros países da América Latina.

"Nós produzimos diversos produtos localmente e provavelmente devemos começar a exportação em 9 ou 10 meses", disse Lourenço.

Fonte Extra Globo

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