Indústria farmacêutica Chinesa segue à liderança mundial

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Indústria farmacêutica Chinesa segue à liderança mundial. Quatro companhias estão entre as 500 maiores empresas listadas na bolsa de valores norte-americana.

Números da Organização Mundial da Propriedade Intelectual atestam que os chineses já detêm o maior número de patentes de medicamentos inovadores registradas nos últimos três anos – 1,5 milhão contra 597 mil dos norte-americanos.

Maior farmacêutica do gigante asiático, a China Resources Pharmaceutical alcançou US$ 119,6 bilhões de receita e se firmou como a 70ª maior companhia na Nasdak. Sua performance supera a de tradicionais players como Amgen e Boehringer Ingelheim.

Além de manter quatro laboratórios especializados em remédios de prescrição, suplementos e produtos naturais, o grupo controla a terceira maior distribuidora de medicamentos local. O atacado farmacêutico, inclusive, responde por 56% do volume de negócios.

Outra frente de atuação é o varejo farmacêutico, com mais de 700 lojas na China e em Hong Kong. Por meio de 12 áreas terapêuticas, a empresa tem cerca de 30% do volume destinado ao mercado externo, com foco em produtos naturais e segmentos como oncologia, dermatologia e saúde da mulher.

 

Indústria farmacêutica da China com maior ascensão
A Sinopharm foi a indústria farmacêutica da China com maior salto no ranking – 29 posições. O laboratório ocupa o 80º lugar com o impulso de sua vacina contra a Covid-19. O lucro disparou 866% no período entre outubro de 2021 e setembro de 2022. Desde seu lançamento, o imunizante já obteve registro para comercialização em dez países e recebeu autorização de uso emergencial em outros 110.

Shangai Pharmaceuticals e Guangzhou Pharmaceutical completam a lista, ao ocuparem a 430ª e 467ª colocações, respectivamente.

 

Liderança deve chegar nessa década, preveem especialistas
A liderança da indústria farmacêutica da China parece ser apenas uma questão de tempo. E especialistas já cravam o prazo – 2030.

Mas o que explica essa ascensão além do apetite para investir? A resposta está em uma mudança de direção de negócios. Até pouco tempo atrás focadas nos genéricos, as empresas locais ganharam fôlego ao investir em medicamentos de especialidades, áreas terapêuticas mais rentáveis como a oncologia e doenças metabólicas. No ano passado, uma licitação do governo chinês abriu mais portas para essas companhias ao exigir redução de 48% nos custos de aquisição de 42 produtos à base de insulina, o que afastou da concorrência gigantes como Eli Lilly, Novo Nordisk e Sanofi.

O salto também está atrelado ao foco na produção de insumos, o que impactou também o Brasil. “A globalização acelerou a abertura comercial nos países em desenvolvimento. Mas não houve uma programação para todos os setores no Brasil, inclusive para o de IFAs. A vinda de insumos do Exterior quebrou o mercado nacional porque chegaram produtos mais baratos de empresas com portfólios mais robustos”, comenta Norberto Prestes, presidente executivo da Abiquifi.

No mesmo período, a China criou um programa ambicioso para atrair fabricantes de IFAs, com incentivos fiscais, mão de obra, tecnologia embarcada e um ambiente regulatório mais flexível. “Isso fez com que as grandes empresas que estavam aqui fossem para a China ou voltassem para a sua sede. E aí perdemos o timing. De 55% de produção própria, caímos para 5%”, pontua o dirigente.

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