A indústria farmacêutica de Goiás vive momentos de apreensão diante do possível impacto da nova política tarifária anunciada pelo governo dos Estados Unidos. Com a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, empresas goianas podem estar entre as mais atingidas, segundo dados da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços do Estado. Informou a CBN de Goiânia.
Goiás ocupa posição estratégica como segundo maior importador de produtos farmacêuticos e insumos de saúde dos EUA, movimentando R$ 466 milhões apenas neste ano. Esse volume expressivo de transações agora está sob ameaça, provocando preocupações no setor e mobilização de líderes industriais.
Reação Brasileira Pode Agravar Cenário
Além das medidas norte-americanas, há expectativa de uma resposta por parte do governo brasileiro com base na Lei de Reciprocidade Econômica, o que poderia acarretar tarifas equivalentes sobre produtos dos EUA. Especialistas apontam que esse embate comercial pode atingir fortemente os medicamentos oncológicos e de alta complexidade, fundamentais para o tratamento de milhares de pacientes no país.
O presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas dos Estados de Goiás (Sindifargo), Marçal Henrique Soares, alerta que sem diálogo e negociação, o setor pode enfrentar sérias consequências. “Esperamos que o governo brasileiro não adote medidas recíprocas sem avaliar os impactos que isso pode gerar para a saúde pública e para a indústria nacional”, afirma.
O Que Está em Jogo
- Risco de encarecimento de tratamentos complexos;
- Interrupção de cadeia de suprimentos farmacêuticos;
- Prejuízo comercial bilionário para o estado de Goiás;
- Pressão sobre políticas de importação e acordos bilaterais.
A escalada das tensões comerciais entre Brasil e EUA ressoa além dos números, atingindo diretamente os bastidores da saúde pública e a estabilidade da indústria nacional.
Comentários