Indústria farmacêutica movimenta R$ 63,5 bi no Brasil em 2016

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por Carolina Samorano

Metrópoles 

A indústria farmacêutica movimentou R$ 63,5 bilhões em 2016 no Brasil, segundo um relatório divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quinta-feira (14/12). Os medicamentos novos, produzidos com princípios ativos sintéticos ou semi-sintéticos, acumularam a maior parte das vendas, com 39,4% do total, em 925,7 milhões de embalagens.  Os biológicos ocupam a segunda maior fatia da conta, com 19,1% e os genéricos a terceira, com 13,5%. Medicamentos similares representam 22,1% do total e os específicos, 5,9%.

A apresentação dos números da indústria, segundo defende a Anvisa, contribui para dar maior transparência no país aos dados do setor, que é um dos maiores do mundo, em termos de movimentação financeira. Além do setor de impressões gráficas, só o de medicamentos apresentou crescimento em 2016. Os dados ficarão disponíveis para consulta no site da agência.

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“O monitoramento do mercado farmacêutico por nós ou outros órgãos do governo ganha uma fonte importante com esse anuário. Esse detalhamento permite um debate mais importante em termos, por exemplo, de precificação justa para novos medicamentos. (Os novos medicamentos) são alentadores mas ao mesmo tempo são caros e causam impacto para o sistema de saúde e para a sociedade”, disse o diretor-presidente da Anvisa Jarbas Barbosa após a apresentação do relatório. “Esperamos que outros órgãos possam se debruçar sobre esses dados. Merece estudos, políticas que vão aperfeiçoando esse mercado”.

Sobre o tipo de medicamento mais vendido, os para tratamento de doenças do coração lideraram o ranking dos mais vendidos no ano passado. No total, foram 694 milhões de embalagens – ou 15,3% do total. O faturamento desse tipo de remédio bateu os R$ 5,7 bilhões. Substâncias para tratar doenças do sistema nervoso central ficaram com a segunda maior fatia: 14,6%.

O princípio ativo com maior faturamento em 2016 foi o trastuzumabe, usado

no tratamento de câncer de mama. Em agosto passado, o Ministério da Saúde

ampliou seu uso na rede pública de saúde para tratamento de

câncer de mama metastático. Em segundo lugar, o sofosbuvir, que trata hepatites virais

e é atualmente o medicamento mais caro aprovado no país e, em terceiro, a

vacina Influenza, contra a gripe.

Em termos de quantidade de venda, os genéricos lideraram no mercado nacional em 2016: 32,4% das embalagens comercializadas foram dessa categoria de medicamento. Os similiares, espécies de “genéricos de marca”, vieram em seguida, com 31,5% das vendas. Nessa categoria, a maior parte das empresas com maior faturamento são nacionais: 16, das 20. A de melhor desempenho é a Fiocruz, em oitavo lugar na lista.

Ao todo, foram vendidos 6,3 mil produtos em 12.798 apresentações diferentes, produzidas por 214 fabricantes distribuídos em 14 estados diferentes. No topo da lista de mais vendidos, está o cloreto de sódio, seguido de losartana (pressão arterial), dipirona, cloreto de metformina (diabetes tipo 2), o analgésico paracetamol e o fator VIII de coagulação.

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