Indústria farmacêutica: um mercado em ascensão

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Há três anos em constante crescimento, o mercado farmacêutico inicia 2018 com as melhores perspectivas

abaixo: Antônio Britto,
presidente-executivo da Interfarma

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Na contramão de diversos setores da economia brasileira, o mercado farmacêutico vem despontando na lista de maior faturamento nacional. Se por um lado a economia brasileira ainda tenta se reerguer e projetar melhorias em 2018, de outro o segmento vem crescendo cerca de dois dígitos ao ano.

Os números do varejo farmacêutico são expressivos: em 2016, o mercado total – que inclui vendas de todos os tipos de medicamentos – vendeu 3,5 bilhões de unidades, um avanço de 12,69%. Somente no primeiro semestre de 2017 foram comercializados 1,8 bilhão de unidades, número 3,87% superior ao mesmo período do ano anterior.

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Em 2018, as perspectivas são crescimento contínuo. Dados divulgados pela consultoria IQVIA preveem um crescimento entre 6,9% a 9,3% em faturamento e aproximadamente 3,0% em unidade, mesmo em meio à crise. De acordo com a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), com a possível retomada do crescimento e do emprego, existe otimismo no setor.

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“O impacto da crise brasileira no setor farmacêutico é menor do que o registrado em outras áreas de atividade econômica. Esse fenômeno tem sido registrado em outros países e em outros momentos de crise, mas sempre justificado da mesma forma: medicamentos são produtos de primeira necessidade, portanto a tendência é só reduzir o consumo em situações mais extremas de falta de recursos”, explica o presidente-executivo da Interfarma, Antônio Britto.
Uma das frentes que devem alavancar as vendas nos próximos anos são a dos medicamentos sob prescrição médica. Segundo relatório da IQVIA, estima-se que o crescimento anual médio desses medicamentos será de 6,3% até 2020, destacando medicamentos contra o câncer e imunossupressores. Já os projetos de pesquisa e desenvolvimento de fármacos (P&D) devem ser responsáveis por 50% do aumento das vendas em 2022.

“Os medicamentos biológicos, destinados ao tratamento de doenças neurológicas degenerativas e males de alta complexidade, como o câncer, têm se mostrado tendências nas ciências médicas. Muitas pesquisas nessa linha foram anunciadas nos últimos anos e, muito provavelmente, devem fazer esse segmento de mercado crescer significativamente”, afirma Britto.

Desafios no setor: a busca pela inovação

Um dos maiores desafios enfrentados pelo setor hoje é em torno da inovação. Ao mesmo tempo em que o Brasil ocupa uma posição de destaque no mercado mundial – com grandes perspectivas de ascensão, devido ao tamanho do mercado farmacêutico – as expectativas sobre inovação são menos otimistas.

Segundo Britto, existe um ambiente atraente à pesquisa clínica no país, graças a existência de centros de excelência em pesquisa e profissionais altamente qualificados, mas também significativos entraves à aprovação dos pedidos de estudos clínicos, ora protagonizados pela regulação sanitária, ora pelos órgãos de controle ético.

“Tais entraves fazem com que os pedidos de estudos clínicos cheguem a demorar o dobro da média mundial, cerca de 12 meses, para um retorno. Como as pesquisas mais relevantes são multicêntricas, as empresas acabam desistindo e retirando os pedidos submetidos no Brasil para que o cronograma mundial não seja comprometido. Ou pior, sequer fazem o pedido para condução de estudos clínicos aos órgãos competentes”, finaliza o presidente.

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A Logística a favor do crescimento

Os bons resultados do setor farmacêutico têm impulsionado também os negócios de outros segmentos, principalmente da logística, devido à grande demanda de distribuição, armazenamento e gestão de medicamentos no país.

Abaixo: Silas Gabriel Franco,
gerente comercial da Ativa Logística

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Um exemplo desse crescimento é a Ativa Logística, uma operadora logística de medicamentos e cosméticos nacional há mais de 20 anos no mercado. De acordo com o gerente comercial, Silas Gabriel Franco, a empresa tem ampliado diversos serviços agregados à logística para acompanhar o crescimento do mercado, que aumenta constantemente seu faturamento graças à evolução dos sistemas de gestão.

“Temos investido fortemente na qualificação das informações e na velocidade da disponibilização das mesmas. Entre nossas principais inovações estão a gestão de filiais, fornecimento de mão de obra especializada e apoio de consultoria fiscal e regulatória”, informa.

Apenas no último ano, a Ativa atendeu 2.510 cidades brasileiras, totalizando 150 mil entregas por mês e 200 mil toneladas transportadas por ano, oferecendo soluções nos modais rodoviário e aéreo e em logística. Para 2018, as expectativas são ainda melhores – a estimativa de crescimento é de 20%.

Apesar da evolução contínua, o setor trabalha incessantemente para transpor os desafios de uma cadeia cada vez mais meticulosa. “Um dos principais desafios para atingir esse crescimento em 2018 é de se manter com qualidade e eficiência seguindo todas as normas exigentes pelos órgãos competentes”, informou Franco. “A Anvisa, por exemplo, está empenhada em oficializar a rastreabilidade de cada medicamento no país, e a Ativa Logística já dispõe desse sistema e, sem dúvida, será mais um importante diferencial na prestação de serviços neste ano”, conclui o gerente.

Revista Cargo News

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