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by Júlio Wiziack e Diego Felix | Folha de São Paulo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Abrafarma (associação que representa as redes do varejo farmacêutico) tenta convencer parlamentares do PT a encampar uma agenda do setor. O principal ponto é converter o Farmácia Popular em uma política de estado, como acontece com o Bolsa Família. Isso daria perenidade ao programa, independente do governo.
A retomada do Farmácia Popular foi uma promessa de campanha de Lula e anunciada pelo presidente nas comemorações do Primeiro de Maio, em São Paulo. Contudo, o Ministério da Saúde ainda não apresentou o projeto atual.
Para a Abrafarma, retomar o Farmácia Popular como uma política de estado também é uma forma de solucionar a carência orçamentária do programa -que, no ano passado, correu o risco de ser inviabilizado na gestão de Jair Bolsonaro.
Além disso, a entidade pede que seja incluída a possibilidade de disponibilizar testes rápidos, vacinas e outros serviços de saúde à população.
Em março, o Tribunal de Contas da União apresentou um relatório com uma série de indicações ao Ministério da Saúde no intuito de fortalecer o programa.
Na avaliação dos técnicos, o programa apresenta risco de fraudes e desvio de recursos públicos diante de uma "gestão frágil".
A corte de contas apontou que o atendimento é desigual entre as regiões do país, com maior concentração de atendidos no Centro-Oeste, Sul e Sudeste e menor entre beneficiários do Norte e Nordeste.
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