Inglaterra suspende uso de máscaras em lugares fechados

 

O Globo 


28/01/22 - Boa parte das restrições anti-Covid foi suspensa nesta quinta-feira na Inglaterra, com o fim da exigência de uso de máscaras — que nunca foi necessário em ambientes abertos — em lugares fechados e dos passaportes sanitários. A partir de segunda-feira, segundo o governo, as residências para idosos poderão receber um número ilimitado de visitantes. Na semana passada, a recomendação de trabalhar de casa já havia sido levantada. Em breve, o país vai parar de exigir testes para viajantes e quarentenas.

— Este país está aberto aos negócios, aberto aos viajantes — afirmou o premier Boris Johnson, no desejo de reativar a economia e satisfazer setores com o transporte aéreo e o turismo, ao anunciar que, a partir de 11 de fevereiro, os visitantes com vacinação completa já não terão que se submeter a testes de Covid-19 ao chegar à Inglaterra.

Além disso, semana passada Boris afirmou que não prorrogará a norma que impõe quarentena entre cinco e dez dias para os casos positivos depois de a determinação expirar, em 24 de março.

Apesar do fim oficial das restrições, algumas instituições e serviços podem ainda aconselhar o uso de máscaras, como o metrô de Londres, enquanto clubes noturnos e estádios têm autonomia de decidir se vão exigir passaportes sanitários na entrada.

Johnson anunciou a suspensão das restrições semana passada. Um dos objetivos é agradar o setor mais liberal de seu Partido Conservador enquanto vários deputados governistas consideram lançar uma moção de censura contra seu governo devido às festas realizadas em seu escritório e residência oficial, em Downing Street, durante a quarentena.

O relaxamento é possível porque há "uma estabilização das internações hospitalares, uma diminuição das infecções por Ômicron e uma redução no número de pessoas em cuidados intensivos com Covid-19”, segundo o governo.

Um dos países mais afetados pelo Covid-19, com 154.700 mortos desde o início da pandemia, o Reino Unido registrou quarta-feira 102.292 novos casos, numa população de 67 milhões de habitantes. Segundo o Ministério da Saúde, 83% dos maiores de 12 anos no Reino Unido receberam a segunda dose, e 81% a vacina de reforço.

No entanto, cientistas já advertiram sobre a possibilidade de surgirem futuras mutações mais perigosas.

— À medida que aprendermos a viver com o Covid-19, devemos nos manter alertas — disse o ministro da Saúde, Sajid Javid.

— Já é hora de ter uma vida normal, já se foram quase dois anos — diz Julia, espanhola de 28 anos que trabalha em Londres.

No restaurante em que trabalha, em uma região central, há mais clientes circulando desde que o governo deixou de lado, semana passada, o home office. Mas alguns desconfiam, como James Hughes, de 57 anos:

— Não acredito que tenhamos voltado à normalidade. Me preocupo porque o vírus continua existindo por aí e não estou seguro de que agora as pessoas o levem a sério — diz. — Usarei a máscara sempre que estiver em algum lugar movimentado.

As outras três nações que compõem o Reino Unido decidem separadamente suas próprias políticas sanitárias. Desde segunda-feira, a Escócia já não limita o número de participantes em reuniões. Já Gales reabrirá os clubes noturnos, medida já adotada previamente pela Irlanda do Norte, embora continue exigindo passaportes sanitários.

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