Entre maio de 2016 e abril de 2017, período anterior ao projeto, hospital Agamenon Magalhães registrou 11 mortes, já durante a iniciativa este número caiu para seis
Após um ano de implementação, o projeto Redução de Mortalidade Materna (RMM) registrou grandes avanços no hospital Agamenon Magalhães (HAM), referência estadual no atendimento materno-infantil, localizado na zona norte do Recife. O projeto-piloto, que tinha como objetivo inicial uma diminuição de 30% na taxa de mortalidade materna na unidade de saúde, superou a expectativa e atingiu 54,23% de redução em sua conclusão. Dados foram apresentados nesta segunda-feira (13).
"Nosso objetivo foi reconhecer o risco existente para aquelas mães, melhorar o tratamento oferecido e o encaminhamento precoce, além de adequar o pré-natal para que os períodos de gestação, parto e pós-parto sejam assistidos de maneira segura", afirma a diretora executiva de Prática Assistencial, Qualidade, Segurança e Meio Ambiente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Cláudia Garcia de Barros.
Em maio de 2017, as mudanças institucionais começaram a ser colocadas em prática, como a implantação de protocolos assistenciais para as principais condições ameaçadoras à vida das gestantes, como prevenção de tromboembolismo venoso e hemorragia; processos de análise de eventos adversos; reestruturação do comitê de óbitos; análise de custos envolvidos com o atendimento subótimo das gestantes e/ou com uma morte materna, dentre outras medidas.
Além disso, por se tratar de uma maternidade de referência para todo o estado de Pernambuco, mais de 200 gestores e profissionais de outras unidades de saúde da rede de assistência estadual também foram capacitados para identificar os casos mais graves e com risco de morte para as gestantes, agindo adequadamente para que elas tivessem um parto seguro e sem consequências negativas também para os bebês.
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Além disso, por se tratar de uma maternidade de referência para todo o estado de Pernambuco, mais de 200 gestores e profissionais de outras unidades de saúde da rede de assistência estadual também foram capacitados para identificar os casos mais graves e com risco de morte para as gestantes, agindo adequadamente para que elas tivessem um parto seguro e sem consequências negativas também para os bebês.
Assim, o projeto teve uma repercussão positiva também a nível estadual, com a replicação de boas práticas e capacitação de profissionais de toda a rede. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) ressalta que, desde 2015, a Gerência Estadual de Atenção à Saúde da Mulher tem atuado em capacitações voltadas à saúde desse público, abordando temas como boas práticas na obstetrícia e na atenção ao parto e nascimento, planejamento reprodutivo, pré-natal de alto risco, assistência ao parto humanizado, entre outros.
No Brasil, morrem 60 grávidas a cada 100 mil partos
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), morte materna é considerada aquela ocorrida durante ou até 42 dias após o término da gravidez, independentemente da duração e local, por qualquer causa relacionada ou agravada pela gestação ou sua gestão, mas não devido a causas acidentais ou incidentais. No Brasil, os números de mortalidade materna são de 60 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos, segundo dados do Ministério da Saúde de 2015.
Fonte Destak
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