Injeção evita reação alérgica a amendoim por 45 dias

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Um tratamento com anticorpos conseguiu, em duas semanas, tratar a alergia grave a amendoim em um grupo de voluntários. As pessoas receberam uma única injeção do tratamento e, ao longo de 45 dias, não apresentaram reação alérgica ao ter contato com o alimento. O estudo fornece evidências precoces de que a molécula pode ser uma terapia segura, eficaz e rápida para alergias alimentares. Os resultados dos testes foram apresentados no periódico internacional JCI Insight.

O tratamento com anticorpos, chamado etokimab, interfere na ação da interleucina-33 (IL-33), uma molécula de sinalização imunológica. Os pesquisadores explicam que a IL-33 desencadeia uma cascata de respostas do sistema de defesa que culminam em reações alérgicas. Em uma pessoa com alergia ao amendoim, comer uma porção do alimento faz com que a IL-33 ative um segundo ator imunológico, a imunoglobina E (IgE), responsável por vários aspectos da resposta alérgica, como coceira na boca e na garganta, urticária, dificuldades respiratórias e choque anafilático.

Na pesquisa, 15 adultos com alergias graves ao amendoim receberam uma injeção do anticorpo etokimab, enquanto outros cinco voluntários, também alérgicos ao alimento, receberam placebo. Quinze dias depois, os participantes ingeriram uma pequena quantidade de proteína de amendoim (275mg) sob supervisão médica. No grupo que consumiu também o etokimab, 73% conseguiram ingerir o alimento sem transtornos, o que não ocorreu com o grupo placebo.

No 45º dia após o tratamento, ainda com uma única dosagem aplicada, 57% dos participantes que haviam ingerido etokimab não tiveram problemas no desafio alimentar. “Ao inibir a IL-33, potencialmente inibimos as características de todas as alergias, o que é promissor”, destaca, em comunicado, Kari Nadeau, professora de medicina e pediatria na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e uma das autoras do estudo.

Uso ampliado

Segundo a cientista, o etokimab já foi testado em pessoas com outras doenças imunológicas, incluindo asma e eczema. Por isso, a equipe aposta que o estudo pode gerar um medicamento eficaz para alergias. “Embora a pequisa ainda esteja nos estágios experimentais, estamos com esperança de testar um medicamento que não seja eficaz apenas para uma alergia alimentar, mas para muitas outras doenças alérgicas”, diz Kari Nadeau.

Como próximo passo, os pesquisadores repetirão o estudo com um número maior de participantes e procurarão biomarcadores que ajudem a identificar quais indivíduos poderiam se beneficiar do tratamento com anticorpos. Os cientistas também precisam determinar o momento apropriado e a quantidade de dosagem do anticorpo que precisa ser usada para garantir o efeito desejado.

Fonte: Correio Braziliense

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