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O modelo também reduz o índice de repetição dos exames, além de aumentar a oferta de serviços e incrementar a complexidade dos exames

Redação Folha Vitória

A ressonância magnética é um dos principais aliados do profissional de saúde para fechar diagnóstico. No entanto, morar distante de grandes centros urbanos pode limitar o acesso aos exames com médicos especialistas. Muitas pessoas que moram no interior precisam enfrentar a estrada para conseguir realizar exames com profissionais especializados.

Para atender a esta demanda e possibilitar que esta parcela da população consiga realizar exames com alta qualidade, a EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) apoiou o desenvolvimento o Virtual Operations Center (VOC), tecnologia para comando remoto de aparelhos de ressonância magnética e tomografia computadorizada. 

"Este projeto é uma demanda de inovação típica da indústria brasileira. Na Alemanha, a Siemens não investiria em um projeto de inovação semelhante, mas no Brasil, pela própria dimensão do país, enxergou em um obstáculo, uma oportunidade para inovar. A empresa contou com a competência técnica da Fundação Certi, que é uma das primeiras Unidades EMBRAPII, para o desenvolvimento do projeto", destacou o diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães.

Como funciona a inovação

Os técnicos responsáveis pelos laudos acompanham, por meio de software, sensores, câmeras e microfones, as etapas dos exames, com permanente comunicação com o paciente e o auxiliar técnico que está operando o equipamento. O modelo também reduz o índice de repetição dos exames, além de aumentar a oferta de serviços e incrementar a complexidade dos exames. Com o VOC, os técnicos podem operar até 3 máquinas ao mesmo tempo e atender mais de um paciente por vez. O desenvolvimento do projeto-piloto foi testado no Brasil pelo Grupo Alliar Médicos à Frente, em São Paulo, e virou uma iniciativa global da empresa alemã.

A inovação também reduz a insalubridade do serviço à medida que os profissionais não estão em contato com a radiação, além de dar mais precisão e eficiência nos resultados dos exames, já que o responsável pelo laudo atenderá apenas a sua especialidade (cabeça, perna pescoço etc). O VOC está sendo exportado para Estados Unidos, Alemanha, China e Índia.

A partir da central, é possível fazer adequação dos equipamentos remotamente para a realização de exames, de acordo com as especificações do paciente, histórico clínico e solicitação médica. "Percebemos que num país de grandes dimensões como o Brasil é viável reunir técnicos especializados numa sala remota, acessando o equipamento. As vantagens são redução de custos, melhor qualidade das imagens e maior produtividade dos profissionais", explica o superintendente de negócios da CERTI, Laercio Aniceto Silva.

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