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Advogada Allison Nimlos durante viagem ao Canadá para comprar insulina - foto Carlos Osorio - Reuters

Os preços de escorcha do cartel da indústria farmacêutica nos Estados Unidos forçou um grupo de norte-americanos a viajar ao Canadá para comprar insulina. Segundo integrantes da caravana, a mesma quantidade de produto, que é encontrado nas lojas de Minesota a US$ 340, pode ser adquirida a US$ 26 em Ontário.

O preço da insulina, que em 2002, já era três vezes o cobrado no varejo no Canadá, simplesmente triplicou entre 2002 e 2013 e, desde então, aumentou em mais 64%.

O custo astronômico fez com um grupo de 15 norte-americanos viajasse 1.311km, de ônibus, da cidade de Minesota até Ontário, no Canadá.

Uma das organizadoras da viagem, Quinn Nystrom, declarou à rede Russia Today que “o custo elevado da insulina nos Estados Unidos” estava fazendo com que “me endividasse cada vez mais”.

Segundo ativistas que apoiam a luta de diabéticos pela sobrevivência, há um conluio entre a agência reguladora de medicamentos, a Food and Drug Administration e as indústrias do cartel farmacêutico. A FDA impõe exigências sobre exigências, fazendo com que os competidores menores não consigam entrar no mercado, facilitando a cartelização dos preços.

É o que aponta John Dombrowski, do Washington Pain Center: “as barreiras impostas pela FDA impedem pequenas e médias empresas de oferecerem o produto”.

Nicole Smith-Holt da organização T1International, que apoia pacientes com diabete denuncia que “não há razão para que os preços dos remédios tenham crescido ao ponto em que as pessoas estejam morrendo por não poderem pagar esse custo tão elevado”.

Smith-Holt descreve como sua própria família “pagou o mais elevado preço diante da escorcha do cartel das farmácias sobre seus pacientes”:

“Em 2017, meu filho de 26 anos morreu em consequência de diabete. Ele estava racionando o uso de insulina, cujo custo mensal para o seu suprimento já estava em US$ 1.300”.

Dados da ADA (American Diabetes Association) informam que há 30 milhões de norte-americanos sofrendo do mal e que mais de 7 milhões recorrem a insulina de forma regular para sobreviver.

Por Hora do Povo

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