Para isso, o robô foi alimentado com informações sobre 1,7 milhões de moléculas biologicamente ativas (ou seja, que podem ser utilizadas em medicamentos). Ele é composto por dois entes virtuais, batizados de “professor” e “aluno”. O aluno é responsável por estudar possíveis combinações de compostos químicos, e apresentar os resultados a outra rede neural: o professor, que realiza simulações para prever se a droga terá o resultado desejado e decide se aprova o resultado final. Com isso, o sistema realiza uma autocorreção e revisão, sem precisar da ajuda de um humano.
Segundo o co-criador do projeto, Olexandr Isayev, a intenção é permitir que os cientistas encomendem novos medicamentos ao software, de acordo com a doença que estiveres estudando num determinado momento. “A capacidade de projetar novas combinações químicas, que podem ser patenteadas e possuem atividades biológicas específicas e perfis de segurança ideais, deve ser altamente atraente para a indústria”, disse Alexander Tropsha, outro co-autor, ao Science Daily. A equipe publicou detalhes da criação na revista Science Advances, na semana passada. No momento, o IA trabalha na busca por compostos com capacidade de inibir a principal enzima responsável pela leucemia.
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