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Valor Econômico

Jornalista: Stella Fontes

 

19/02/20 - A Ipiranga, distribuidora de combustíveis do grupo Ultra, registrou desempenho melhor no quarto trimestre, mas insuficiente para garantir o crescimento do resultado operacional e dos ganhos da controladora Ultrapar na comparação anual, na avaliação de seis casas de análise cujas estimativas foram compiladas pelo Valor. A companhia divulga balanço financeiro hoje, depois do fechamento dos mercados.

Para a última linha do balanço, a média das projeções de Goldman Sachs, Bradesco BBI, Safra, BTG Pactual, Santander e Credit Suisse aponta queda de 34% no lucro líquido frente aos R$ 496 milhões do quarto trimestre de 2018, para R$ 325,2 milhões. As estimativas variaram de R$ 288 milhões a R$ 377 milhões.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, por sua vez, deve ter recuado 6,4% na mesma comparação, para R$ 929,2 milhões. Para a receita líquida, considerando-se as estimativas de três dos seis bancos, a previsão é de alta de 3,8%, para R$ 24,4 bilhões.

Na avaliação dos analistas, a Ipiranga deve ser o destaque positivo do trimestre, beneficiada sobretudo pela sazonalidade positiva e por ganhos com inventário, na esteira do aumento dos preços e da importação de combustíveis. Na outra ponta, o desempenho da Oxiteno foi fraco, pressionado pelos spreads petroquímicos em baixa e pela demanda desaquecida.

No geral, de acordo com o analista Regis Cardoso, do Credit Suisse, os resultados da Ultrapar devem ser “relativamente bons”, por causa da expectativa de crescimento mais fraco na Ipiranga do que o registrado por outras distribuidoras de combustíveis, na comparação com o trimestre anterior. O banco projeta para a operação uma margem Ebitda de R$ 104 por metro cúbico, alta de 4%. O ritmo é menor do que o esperado ou visto por suas concorrentes por causa das despesas com vendas superiores e da margem de reposição inferior.

O Safra estima para a Ipiranga margem Ebitda de R$ 103 por metro cúbico, bem acima dos R$ 92 por metro cúbico vistos um ano antes. A expectativa, conforme os analistas Kaique Vasconcellos e Daniel Travitzky, é de volume de vendas consolidado praticamente estável, com alta de 2,5% na gasolina e queda de 0,5% em diesel.

Para os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka, do Bradesco BBI, o desempenho da Ultragaz também deve se destacar positivamente no trimestre, com expansão de 21% do Ebitda na comparação anual, para R$ 147 milhões, apesar da queda frente ao terceiro trimestre explicada pelos preços mais altos do gás liquefeito de petróleo (GLP) e da sazonalidade desfavorável.

Por outro lado, os analistas do Bradesco apontam que o desempenho da Oxiteno deve ter sido fraco mais uma vez, influenciado por margens menores do monoetileno glicol e pelo desaquecimento das vendas típico desse período do ano.

O Credit Suisse projeta piora da Oxiteno na comparação trimestral, assim como para Ultragaz e Ultracargo. O mais recente negócio do grupo, a Extrafarma, também não deve trazer números fortes, ainda sob o efeito da estratégia de fechamento de lojas não rentáveis. Para o Goldman Sachs, entretanto, a Ultragaz deve sustentar a expansão de margem alcançada no terceiro trimestre, beneficiada pelo melhor mix de vendas.

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