O Globo
O Ministério da Saúde de Israel anunciou, nesta quarta-feira, que detectou uma nova subvariante da Ômicron no país, resultado de uma recombinação entre as principais sublinhagens da mutação: a BA.1 e a BA.2. Dois casos com a subvariante foram identificados em exames de aeroporto e apresentaram sintomas leves.
"Esta variante ainda não é conhecida no mundo e os dois casos foram descobertos graças a testes de PCR realizados no aeroporto Ben Gurion, na entrada de Israel. As pessoas contaminadas apresentaram sintomas leves de febre, dores de cabeça e dores musculares e não necessitaram de cuidados médicos especiais", disse um comunicado do ministério israelense.
Em entrevista à rádio militar de Israel, o chefe da estratégia anticovid do país, Salman Zarka, disse que “o fenômeno das variantes combinadas é bem conhecido”, e ressaltou que “neste momento, não estamos preocupados com (a nova variante levando a) casos graves”.
Apesar de ser mais transmissível que a sublinhagem BA.1 — considerada a primeira versão da Ômicron — a BA.2 não causa infecções mais graves, afirmou a líder técnica de combate à Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, em entrevista coletiva no fim de fevereiro.
"Portanto, este é um nível semelhante de gravidade no que se refere ao risco de hospitalização. E isso é muito importante, porque em muitos países, eles tiveram uma quantidade substancial de circulação, tanto de BA.1 quanto de BA.2", disse a especialista na época.
No entanto, ainda não se sabe como a nova subvariante, que combina a BA.1 e a BA.2, vai se comportar. Esse é mais um caso de recombinação genética entre duas mutações do novo coronavírus. Nesta quarta-feira, o ministro da saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta monitora dois possíveis casos da Deltacron, recombinação das variantes Delta e Ômicron da Covid-19.
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