Janssen fecha parceira para remédio maduro

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Veículo: Valor Econômico

Jonalista: Ana Paula Machado

Dentro da estratégia de se focar em medicamentos de alta complexidade no Brasil, a Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, firmou parceria de representação de 12 medicamentos de prescrição com a Cellera, para venda, marketing e distribuição no país. Esse portfolio têm remédios para o sistema neurológico, como o Haldol, e gástrico. As vendas dessas marcas somam cerca de R$ 180 milhões por ano e a meta é um crescimento anual de 10%.

O presidente da Janssen no Brasil, Roy Benchimol, disse ao Valor que esse contrato será reavaliado em um ano e o número de marcas dentro do acordo pode aumentar. “São medicamentos já consolidados mas que ainda têm muito espaço para crescer e não estávamos trabalhando como deveríamos esses medicamentos. Esse modelo pode ser replicado para outras marcas”, disse o executivo.

Benchimol ressaltou que esse acordo demorou cerca de um ano para ser estruturado. Foi o primeiro acordo deste tipo que a companhia fechou na América Latina. “Há 10 anos traçamos a estratégia no mundo se investir mais em medicamentos de alta complexidade e o Brasil é um dos mercados que classificamos como primordiais. A operação brasileira hoje está entre os dez maiores faturamentos da Janssen e a nossa meta é sempre crescer acima do mercado.”

O executivo não informa o faturamento da Janssen no Brasil e nem o percentual de crescimento nesses anos, mas ressaltou que essa parceria será fundamental para alocar investimentos em pesquisas clínicas e nacionalização de novos medicamentos no país. “Em dois anos, conseguimos a aprovação de 23 medicamentos para o mercado brasileiro, sendo que sete são remédios completamente novos. Já enviamos para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mais dois pedidos de registro que devem ser concedidos em 2020”, afirmou. Hoje, a Janssen tem um portfólio de 30 medicamentos de prescrição e outros 20 de alta complexidade vendidos no Brasil.

Pelo lado da Cellera, a parceria com a farmacêutica americana dará a empresa brasileira musculatura no mercado nacional. A Cellera, que tem como sócio o empresário Omilton Visconde Junior e o fundo de investimento Principia Capital Partners,que detém 80% do negócio, tem faturamento de R$ 150 milhões e a expectativa é alcançar cerca de R$ 400 milhões já em 2020. Hoje, ela mantém um portfólio de 87 marcas e com a Janssen chegará a perto de 100. O contrato, de acordo com o executivo, foi fechado por oito anos com a opção de compra do portfólio ao final. “A nossa meta é em 2023 chegar a uma receita líquida entre R$ 550 milhões a R$ 600 milhões e essa parceria é fundamental para isso.”

O executivo acrescentou que, além desse acordo, a Cellera busca trazer para o mercado nacional novos medicamentos para ampliar o seu portfólio. Segundo ele, no próximo ano, a farmacêutica irá lançar um probiótico, líder no mercado mundial, no país. “Com essa parceira e novas licenças, vamos nos estruturar e a meta é chegar entre as 30 maiores empresas do setor. A partir disso abrir o capital. Há poucas farmacêuticas na mercado de capitais no Brasil.”

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