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Jornalista: Sakura Murakami e Ju-min Park, da Agência Reuters
18/02/20 - O Japão planeja começar a usar testes de remédios anti-HIV para tratar pacientes de coronavírus, já que um aumento no número de casos está representando uma ameaça crescente à economia e à saúde pública, disse hoje o principal porta-voz do governo.
O governo está fazendo "preparativos para que testes clínicos com medicação para HIV para o novo coronavírus possam começar o mais cedo possível", disse Yoshihide Suga em um briefing, mas acrescentando que não sabe dizer quanto tempo pode ser preciso para se aprovar o uso de um remédio.
Mais 88 pessoas foram diagnosticadas com o vírus no navio de cruzeiro Diamond Princess, que está em quarentena no porto de Yokohama, elevando o número total de passageiros infectados para 542, disse o Ministério da Saúde.
Outros três casos foram detectados no município de Wakayama, inclusive do filho de um médico infectado com o vírus, noticiou a mídia local.
Como a economia em contração aprofunda o temor de uma recessão, a proliferação do vírus induziu Tóquio a reduzir a dimensão de aglomerações públicas, e algumas empresas estão orientando seus funcionários a trabalharem em casa.
Remédios para HIV estão sendo alardeados como uma cura possível para o coronavírus, que já matou quase 1.900 pessoas na China continental. Nenhuma terapia se mostrou plenamente eficaz contra a infecção.
Coronavírus liga alerta pelo mundo
Chineses começaram a explorar maneiras heterodoxas de receber tratamento. Algumas delas apelaram a pacientes soropositivos e a importadores ilegais por remédios.
Na Tailândia, médicos disseram que parece que tiveram algum sucesso ao tratar vários casos da doença com uma combinação de medicamentos para gripe e HIV.
A procura de máscaras cirúrgicas está disparando no Japão, e a polícia está investigando o roubo de 6.000 máscaras denunciado pelo Hospital da Cruz Vermelha de Kobe, disse uma autoridade hospitalar.
Autoridades japonesas prometeram trabalhar duro para evitar transtornos na Olimpíada de Tóquio, que começa em julho, mas o temor do vírus levou a equipe olímpica de arco e flecha da Mongólia a cancelar um treinamento no Japão, disse a agência de notícias Kyodo
(Reportagem adicional de Hyonhee Shin em Seul e Chris Gallagher em Tóquio.)
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