Descoberta pode signifciar um grande avanço no tratamento da doença

Farmacêutica revela ter descoberto fórmula que retarda doença cognitiva. Investigação dura há mais de dez anos e foram testados, na última fase, mais de 496 doentes de 41 hospitais de Espanha e dos EUA.

O laboratório espanhol Grifols anunciou esta manhã num congresso de ensaios clínicos, a decorrer em Barcelona, ter encontrado uma fórmula que retarda a doença deAlzheimer a doentes que tenham ainda um diagnóstico moderado.

De acordo com a empresa, o ensaio clínico chamado Ambar, que dura há mais de uma década e que tem sido levado a cabo em Barcelona, Espanha, e nos EUA, revelou resultados muito positivos, demonstrando grande significância estatística.

"Os resultados nos doentes com Alzheimer moderado demonstraram um abrandamento na progressão da doença de 61%, atingindo dois objetivos principais: eficácia estabelecida, melhoria cognitiva, e a capacidade de realizar atividades da vida diária durante os 14 meses de tratamento ", revelou a empresa num comunicado que emitiu e que foi já publicado na comunicação social espanhola.

style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="4150813131">

"No grupo de doentes em estado leve de Alzheimer, os resultados também sugerem uma desaceleração no progresso da doença, embora esta diferença não alcance tanta significância estatística como a anterior", sublinhou a farmacêutica.

A investigação dos catalães demonstrou ser possível estabilizar a progressão da doença neurodegenerativa através da remoção periódica de plasma do doente, utilizando a técnica de plasmaferese, substituindo assim o uso de uma solução de albumina, um processo conhecido como troca de plasma, explicou a empresa.

"Este tratamento baseia-se na hipótese de que a maioria do beta-amilóide, uma proteína que se acumula nos cérebros de pessoas com Alzheimer, circula no plasma ligado à albumina. Ao remover a depuração plasmática do péptido beta-amilóide que seria conseguida a partir do cérebro para o plasma, seria possível limitar o efeito da doença sobre as funções cognitivas", refere a empresa.

"Estes resultados abrem uma nova era no tratamento da doença de Alzheimer. Continuaremos a explorar o potencial das proteínas plasmáticas e da renovação do plasma em estudos posteriores ", disse Víctor Grífols Roura, presidente da Grifols.

style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="4150813131">

"Estamos muito felizes com os resultados tanto pelo progresso que fizemos como pelo que representam para a sociedade".

O projeto Ambar está em estudo há mais de uma década. A última fase contou com a participação de 496 pacientes de 41 hospitais (20 na Espanha e 21 nos Estados Unidos).

Cerca de 50 milhões de pessoas sofrem de demência e cerca de 10 milhões de novos casos são registados a cada ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, e a doença de Alzheimer, que é a forma mais comum de demência, é responsável por 60% dos casos.

Em 2050, espera-se que afete 152 milhões de pessoas. Atualmente não há tratamento que possa curar essa patologia ou reverter sua evolução progressiva.

Fonte DN.PT

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

DikaJob de

Para adicionar comentários, você deve ser membro de DikaJob.

Join DikaJob

Faça seu post no DikaJob