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AFP

 

A gigante farmacêutica suíça Roche anunciou, nesta quarta-feira (25), que desenvolveu testes de PCR para detectar o vírus da varíola do macaco, depois que vários casos surgiram em partes do mundo onde a doença não é comum.

Os testes foram desenvolvidos pela Roche e sua filial TIB Molbiol, "em resposta aos casos de infecção pelo vírus da varíola do macaco que recentemente levantaram preocupações", anunciou o laboratório em comunicado à imprensa.

"A Roche desenvolveu muito rapidamente uma nova série de testes para a detecção do vírus da varíola símia e o monitoramento de sua disseminação", observou o diretor da divisão de diagnósticos da Roche, citado no comunicado.

O surto recente, com mais de 250 casos registrados em 16 países até 22 de maio segundo a Organização Mundial da Saúde, são atípicos, pois ocorrem em países onde a varíola do macaco, doença caracterizada por lesões cutâneas, não é endêmica.

Os testes desenvolvidos pela Roche não se destinam ao público em geral, mas estarão disponíveis para fins de pesquisa na maioria dos países do mundo.
Um primeiro kit detecta ortopoxvírus, incluindo o vírus da varíola do macaco, um segundo detecta especificamente o vírus da varíola do macaco, enquanto um terceiro kit torna possível detectar ortopoxvírus especificando se um vírus da varíola do macaco está presente ou não.


Segundo a OMS, a doença deve ser detectada com um teste de PCR porque os testes antigênicos não são capazes de determinar se é o vírus da varíola símia ou outros vírus da mesma família. As melhores amostras para diagnóstico são provenientes de lesões, swabs de exsudatos (líquido produzido pela ferida) ou crostas de lesões.

A doença é - segundo a OMS - uma zoonose viral rara (vírus transmitido aos humanos por animais), cujos sintomas são menos graves do que os observados no passado em indivíduos com varíola.
Com a erradicação da varíola em 1980 e a posterior descontinuação da vacinação, esse ortopoxvírus emergiu como o vírus mais importante do gênero.

A doença foi detectada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo. Em 2003, casos foram confirmados nos Estados Unidos, marcando o primeiro aparecimento desta doença fora da África. A maioria esteve em contato com cães domésticos, infectados por roedores africanos importados.
 
 
 
 
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