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Indústria brasileira deverá diminuir sua dependência de insumos importados, com uma economia de estimada em R$ 130 milhões. Produção dos insumos devem começar a partir de 2011
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A indústria farmacêutica brasileira deverá diminuir sua dependência de insumos importados da União Europeia, China e Índia.
Para atender à demanda local, que aumentará gradativamente com a queda de 28 patentes até 2015, laboratórios públicos e privados, em parceria com o Governo Federal, passarão a produzir insumos para a indústria a partir de 2011.
O vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), Nelson Brasil, diz que será possível atender grande parte da demanda de insumos com a participação dos laboratórios, integrados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado exclusivamente para a área de saúde.
De acordo com a Abifina, a parcela referente às compras diretas e aos repasses efetuados pelo Ministério da Saúde dos produtos selecionados, nesta primeira etapa, soma R$ 660 milhões.
A economia média feita por meio da importação está estimada na ordem de R$ 130 milhões por ano.
O laboratório brasileiro Cristália, por exemplo, deve investir R$ 100 milhões no projeto e com isso deixar de importar 50% do total adquirido no exterior. "Antes, a empresa importava R$ 200 milhões da União Européia, China e Índia.
A partir do próximo ano, iremos reduzir este número à metade", afirma o presidente do laboratório, Ogari Pacheco. Ele disse ainda que este número pode aumentar nos próximos anos.
Fazem parte das parcerias laboratórios públicos, como: Farmanguinhos, Funed, Hemobras, Iquego, Instituto Vital Brasil, Lafepe, Lafergs, Laboratório Químico Farmacêutico do Exército, Laboratório Químico-Farmacêutico da Aeronáutica e Nuplam. Os privados são: Biolab Farmacêutica, Blanver Farmoquímica, Chemo (Argentina), Cristália, Globe Química, Ideen (Alemanha), Labogen Libbs Farmacêutica, Lupin (Índia), Mappel/Laborvida, Medley, MB Médica, Medapi, Nortec Química , Roche (Suíça), e Stragen Pjarmasa (Suíça).
Crescimento Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos), Odnir Finotti, apenas o setor de genéricos deve crescer 30% ao ano, contra 20% obtidos nos últimos cinco anos.
A Sanofi-Aventis, que no ano passado comprou a indústria de genéricos Medley, afirmou que o posicionamento do grupo de se tornar um protagonista importante do mercado mundial de genéricos e de oferecer um portfólio para atender o mercado permanece como meta.
A Teuto Farmacêutica, a Sanofi-Aventis e a Hypermarcas, controladora da Neoquímica Genéricos, que atuam no setor, apostam no crescimento dos negócios. "Atualmente o mercado de genéricos já movimenta R$ 4,5 bilhões por ano.
O faturamento dos medicamentos Diovan (destinado ao controle da pressão arterial), Viagra (para disfunção erétil) e Lipitor ( para controle do colesterol, da Pfizer) chegam a R$ 1 bilhão, no mercado nacional", afirma o presidente da Pró-Généricos.
Segundo ele, a entrada dos genéricos destes medicamentos vai gerar negócios de cerca de R$ 500 milhões.
A Hypermarcas registrou receita líquida de R$ 656,8 milhões no primeiro trimestre de 2010. A unidade de negócios Farma respondeu por 48,5% do total registrado nesse período.
Segundo a Pró-Genéricos, atualmente os genéricos representam 18% dos medicamentos consumidos no país. Com as novas patentes vencidas, deverão aproximar-se dos 30%.
Dados de importação Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, de janeiro até abril deste ano o Brasil importou da China, de Hong Kong e de Macau cerca de U$ 10.697.400 de insumos farmacêuticos, contra U$ 1.089.597.477 da União Européia.
No total, foram importados ao Brasil U$ 2.192.502.243 para a fabricação de remédios de marca e genéricos no Brasil. Os dados também apontam que em março o Brasil recebeu a maior remessa de insumos farmacêuticos do ano, que foi de U$ 911.037.869.(DCI)
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