Produção inicial de 500 mil unidades será distribuída a partir do fim do primeiro semestre | Crédito: Divulgação
Produto foi desenvolvido em parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Completar 101 anos de mercado é um feito para qualquer empresa. Ultrapassar um século de vida em um setor que viu seus principais players perecerem ou se mudarem de país nas últimas décadas e, ainda, atrair novos investidores é, certamente, motivo de comemoração.
Foi nesse clima de celebração e rejuvenescimento que o Laboratórios Osório de Moraes (LOM), sediado em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), anunciou uma nova fase. O evento foi realizado na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No final do mês passado, a empresa ganhou novos sócios. O valor do negócio não foi divulgado, mas a expectativa é de que sejam investidos R$ 300 milhões nos próximos cinco anos.
De acordo com o superintendente da operação e um dos novos sócios, Antônio Carlos Vargas, entrar na empresa é mais do que um negócio, é assumir uma missão de vida.
“O Laboratórios Osório de Moraes é uma instituição de 101 anos e a nossa chegada quer promover uma revolução, levando a operação para um novo patamar. Vamos fazer em cinco anos, o que não foi realizado nos últimos 50” , afirma Vargas.
O evento abrigou também o lançamento do primeiro produto desse novo tempo: o Tônico Capilar Endcalve. O medicamento, baseado em nanotecnologia, foi desenvolvido em parceria com a Faculdade de Farmácia da UFMG. Pesquisas que foram desenvolvidas nos últimos 20 anos serviram de base para a formulação. A produção inicial de 500 mil unidades será distribuída nacionalmente a partir do fim do primeiro semestre.
O principal diferencial do Endcalve, que foi clinicamente e dermatologicamente testado, além de um prometido resultado mais rápido, é não causar efeitos colaterais indesejados pelos homens como a perda da potência sexual, comum em outros medicamentos indicados para o tratamento da calvície.
O ex-presidente da empresa, Carlos Márcio de Moraes, vai continuar na operação. Neto do fundador, ele considera a chegada dos novos sócios um sinal de que a empresa está no rumo certo. “É muito bom gerar interesse em pessoas que atuam na ponta do mercado. Isso mostra que o Laboratórios Osório de Moraes tem ainda muito a contribuir com a sociedade”, pondera Moraes.
Segundo o professor da Faculdade de Farmácia e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanotecnologia de Nanobiofarmacêutica (INCT Nanobiofar), Robson Santos, a parceria com a UFMG é vista também pela universidade como um marco importante na relação entre academia e iniciativa privada com o intuito de fazer com que o conhecimento gerado pelas pesquisas chegue ao mercado em forma de solução de problemas e melhoria de vida da população. Santos é um dos cientistas responsáveis pela pesquisa.
“A universidade não foi feita para produzir produtos. O nosso papel é gerar conhecimento, mas quando nos unimos às empresas e esse conhecimento se transforma em solução para os problemas das pessoas, isso é muito significativo e gratificante. Isso estimula a todos”, pontua Santos.
Se a única condição para a continuidade for a vontade dos gestores do LOM, a parceria ainda renderá muitos outros frutos.
Sem abrir mão da tradição de quem fabrica produtos tão populares como Auris-Sedina e Pílulas Imescard e sem dar detalhes, o empresário já fala sobre uma linha de produtos dedicada às mulheres a ser lançada ainda em 2023.
“Possivelmente o Osório de Moraes é o mais antigo laboratório em atividade do Brasil. A parceria com a UFMG é um orgulho para nós. A Universidade é uma referência internacional e tivemos aqui um tratamento excepcional. Estamos lançando um produto nanotecnológico de última geração cujo desenvolvimento foi todo em Minas. Não tenho dúvidas de que esse será um produto global”, destaca o superintendente.
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