Uma análise de mercado da Klooks, startup especializada em inteligência financeira, elencou as dez indústrias farmacêuticas com maior capacidade de investimento no País. Segundo o CEO Alexandre Abu-Jamra, com base nos demonstrativos financeiros das empresas, Hypera Pharma (R$ 2,24 bilhões), Eurofarma (R$ 399 milhões), Sanofi (R$ 324 milhões), EMS (R$ 252 milhões) e Aché (R$ 245 milhões) compõem o top five das empresas com mais fôlego.
“Elas operam com níveis de capitalização altos e dinheiro em caixa significativo, que totaliza em torno de R$ 3,46 bilhões. Apresentam boa capacidade de endividamento, sem contar eventuais linhas específicas do governo que podem vir a surgir para este fim”, explica.
As duas primeiras colocadas do ranking, inclusive, têm em comum o fato de serem genuinamente brasileiras e apostarem na inovação como pilar para manter os níveis de crescimento. A Hypera Pharma investirá cerca de R$ 200 milhões em um programa de fomento a startups com foco em soluções disruptivas de saúde e para o varejo.
A companhia também começou 2020 fortalecida pela compra de ativos da Boehringer Ingelheim por R$ 1,3 bilhão, o que incluiu marcas líderes de mercado como o Buscopan.
Já a Eurofarma lançou, no fim do ano passado, o fundo Axon Ventures. A proposta é buscar uma participação minoritária em projetos de tecnologia focados na saúde e que estejam em estágio inicial. O aporte previsto é de R$ 45 milhões. Outros R$ 155 milhões foram destinados para um prédio exclusivamente voltado a pesquisa e desenvolvimento, que deverá ser inaugurado ainda este ano em Itapevi, na Grande São Paulo.
Receita líquida – A startup também listou os dez laboratórios com maior receita líquida no país. A Bayer lidera com R$ 7,84 bilhões, seguida por Eurofarma (R$ 4,82 bi), Sanofi (R$ 4,28 bi), EMS (R$ 3,62 bi) e Hypera Pharma (R$ 3,29 bi). Motivada por esse resultado, a companhia alemã transferiu para a cidade de São Paulo o escritório da divisão farmacêutica na América Latina. O Brasil já é o segundo mercado global da indústria, que planeja agora direcionar investimentos para atender governos e operadoras por meio de medicamentos de alta complexidade. Essa categoria representa 20% do faturamento.
Menores resultados operacionais
Quando o assunto é a margem operacional (Ebitda), a Biomm alcançou o pior resultado – com índice negativo de 536,61%. Cellera (-29,16%), Vital Brazil (-21,73%), Pharlab (-6,44%) e Bahiafarma (-2,02%) completam a lista dos que obtiveram desempenho inferior a 0%.
No caso da Bioom, esse Ebitda negativo pode ter sido impactado pelos vultosos recursos direcionados para o Afrezza®. A empresa anunciou, em janeiro, o início da comercialização da inédita insulina humana inalável em pó.
Fonte: GPA LOG NEWS
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