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A Libbs Farmacêutica começou a enviar informações para o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos por meio de um software de rastreabilidade.

A solução é responsável por gerenciar os dados de rastreabilidade da Libbs, desde o chão de fábrica no momento da serialização até a comunicação com o banco de dados da Anvisa.

O investimento total em equipamentos de rastreabilidade e desenvolvimento de sistemas de validação e banco de dados poderá chegar a R$ 20 milhões na Libbs. 

Até 2022, toda a cadeia farmacêutica brasileira terá de estar em conformidade com a lei de rastreabilidade de medicamentos de 2016, regulamentada no ano passado pela Anvisa e atualmente em fase-piloto. 

No modelo brasileiro, cada caixa de medicamento terá um número de série único. Toda a vez que trocar de mãos (troca de custódia), da saída do laboratório até a venda na farmácia ao consumidor, incluindo toda a cadeia logística, isto será informado ao SNCM

Em média, serão necessários seis comunicados para a Anvisa para cada item e a expectativa é de que o envio do arquivo de dados dentro do processo logístico aconteça simultaneamente à apresentação da nota fiscal eletrônica. 

São cinco bilhões de unidades de remédios vendidos no Brasil por ano e a ideia é coibir falsificação e desvios.

Além da Libbs, apenas os outros quatro laboratórios mais avançados em serialização participam da etapa de testes do projeto do sistema, controlado pela Dataprev, estatal de processamento de dados ligada à Previdência Social.

O número de clientes potenciais é muito maior: no total, há mais de 250 empresas farmacêuticas atuando no Brasil. 

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O mercado farmacêutico global movimenta cerca de um trilhão de dólares, sendo que fraudes e desvios atingem o equivalente a U$$ 163 bilhões, segundo pesquisa divulgada no ano passado pela PwC. 

Em termos de volume financeiro, o estudo mostra que medicamentos são o segmento que mais sofre com a falsificação no mundo, à frente de eletrônicos, alimentos e autopeças.

O mercado brasileiro, que também sofre com o problema, é dos maiores do mundo: as indústrias farmacêuticas faturaram R$ 63,5 bilhões em 2016, segundo o relatório anual (2017) do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma). 

“O impacto da lei, ao entrar em vigor, será enorme e vai além da identificação de produtos roubados ou desviados. Permitirá, por exemplo, maior eficiência toda vez que for necessário o ‘recall’ de algum medicamento. Também levará à diminuição do custo do seguro logístico”, resume Amilcar Lopes, CEO da R&B.

A R&B foi criada em 2013 como o foco em atender as indústrias farmacêuticas na adequação à lei de rastreabilidade de medicamentos. 

Nesse segmento, a empresa já entregou projetos em clientes como Libbs, Bayer, Bracco, Boiron e Aspen. 

A companhia também tem projetos de rastreabilidade em empresas de alimentos e bebidas, como a (Águas Petrópolis Paulista), autopeças (Schulz) e medical devices (Smith Nephew).

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