Liderança em tempos de quarentena – insights 3 e 4

(Blog | O que te motiva/)

Seguimos com a série “8 insights sobre Liderança em tempos de quarentena”, disponibilizada por aqui em texto e áudio. Hoje compartilhamos os insights 3 e 4. Pra quem chegou por aqui agora e quer acompanhar os dois primeiros, basta clicar nesse LINK, ele aponta para a primeira matéria, onde inclusive, contamos mais sobre essa iniciativa.

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Escolhemos como inspiração inicial uma publicação de Mark Nevins na Forbes chamada “Leadership in the times of Covid-19” (Liderança em tempos de Covid-19) e à partir desse insight inicial, verticalizamos o assunto. 

Não somos de ferro! Nenhum de nós. Ainda mais nessa fase de Coronavírus, quando para muitos, a administração de nossa vida profissional e pessoal se intensificou bastante. Além das inúmeras demandas nessas duas áreas, toda especulação da mídia, os múltiplos achismos e teorias vem brotando de todos os lados. Mesmo isolados, as avalanches são tantas que fica difícil encontrar momentos de paz, harmonia e um pouco de solidão – que nesse caso, faz bem. 

Uma boa faxina mental faz um bem imenso em meio à essa balburdia. A tendência nessa fase é que nosso mental queira trabalhar ainda mais rápido em busca de soluções para esse tempo nunca vivido antes. E um mental acelerado demais gera estafa e stress além da conta.O burnout, que já era um grande vilão do mundo contemporâneo, agora está mais ávido do que nunca para fazer novas vítimas. Então, todo cuidado é pouco para evitar que seu circuito entrar em pane. 

É fundamental cuidar de sua estrutura emocional, equilibrando sensações e sentimentos, que no momento podem estar exaltados de diversas maneiras. Os sentimentos do coletivo estão à flor da pele o que não ajuda a manter o emocional individual em harmonia. Preste atenção em quais sentimentos são seus e quais você pode ter tomado emprestado do coletivo. Separe bem as coisas!

Emoções negativas como medo, angústia, incerteza, sofrimento, são altamente nocivas, disparando em nosso corpo um série de substâncias químicas nada saudáveis, como o cortisol, por exemplo – hormônio diretamente relacionado ao estresse que abre espaço para o enfraquecimento de nosso sistema imunológico, portanto, de nossa saúde.

O bom é que existem várias práticas que ajudam nesse equilíbrio e podem ser feitas de dentro de nossas casas: meditação, Mindfullness, Yoga, passando por momentos de detox digital programados, até ouvir boas músicas, ver bons filmes ou ler um bom livro. Sua família e seus amigos também podem ser um belo refúgio para distração nesse contexto. Fortalecer os laços pessoais e dedicar tempo àqueles que são importantes pra você também ajudam a tirar a atenção dos problemas. Distrair a cabeça, fazendo com que ela desfoque do impacto da crise nos seus negócios é muito importante. Ao contrário de ser irresponsável, você vai prestar ajuda para aquele que anda sobrecarregado, no caso você. Buscar seu equilíbrio é um ato responsável.

O corpo também precisa ser levado a sério nessa quarentena. Comer alimentos saudáveis, nutritivos e dormir bem são dois pontos que contam muito nesse momento. Outro ponto importante é um cuidado com o nosso corpo físico. Nosso movimento já está mais limitado no momento, então para o corpo não atrofiar e começar a apresentar dores e sinais sérios de cansaço, vale a pena lembrar que ele existe. Um pouco de exercício deve ser como compromisso marcado em sua agenda. Pelo menos e 2 a 3 vezes por semana, é bom mexer o corpo. Alongar, exercitar, seja do modo que for mais confortável para você. Hoje temos diversos profissionais disponibilizando aulas online ajudar você a manter a forma e o equilíbrio. Desde professores de ginástica, Yoga, meditação e também diversos nutricionistas que tem contribuído e muito nessa área. Vale a pena buscar esse incentivo, principalmente se você é do tipo que precisa dele. 

Corpo, mente e emoções – esses 3 centros demandam igual atenção, e uma vez harmonizados, ajudam a fortalecer nosso campo imunológico. Imunologia não é força física, não tem a ver com organismos atléticos apenas. O sistema mais saudável é aquele inserido em um equilíbrio entre corpo, mente e emoções.

Aproveite essa dica. Sabemos que muito do que foi dito muitos já sabem. Mas quando estamos tendo tempo de fato para cuidar de nosso corpo, mente e de nossas emoções? Fica então nosso lembrete para que o cuidado desses três centros tão importantes sejam mais do que nunca levado à sério. Assim você coopera com a sua saúde e bem estar e portanto, com a saúde e o bem estar daqueles que você lidera.

 (Blog | O que te motiva/Site Exame)

Se o mundo já estava mudando em uma velocidade exponencial, agora o COVID-19, nos provoca ainda mais reflexões e transformações. Nada tem escapado dessa necessidade de revisão. 

O insight de hoje traz a comunicação para o centro da pauta. 

Mais do que nunca, a maneira de se comunicar está em jogo. Estabelecer uma comunicação saudável, eficaz e com empatia é muito importante para manter a equipe motivada. 

Muitas empresas vêm adotando, cada vez com mais frequência, a prática da “Comunicação não-violenta”. Se você ainda não conhece a CNV como é mais conhecida, vale a pena começar algumas pesquisas na área.

O cerne da CNV é a comunicação empática: dar valor aos sentimentos e necessidades do outro sem julgamentos, ter sensibilidade social para perceber o que o outro está sentindo e precisando. 

A CNV vem ganhando força nas organizações, permitindo uma conexão maior entre as pessoas, ajudando a criar laços e parcerias mesmo em situações mais delicadas. A empatia ganha destaque, pois exige uma escuta mais ativa e a intenção de se colocar no lugar do outro.

Este conceito surgiu na década de 60 através dos estudos do psicólogo americano Marshall Rosenberg, que em 1984 fundou uma ONG batizada de “Centro para Comunicação não-violenta”. Essa organização se dedica à divulgação e promoção desse processo pelo mundo. 

Marshall também escreveu o livro “Comunicação não-violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”, que se tornou um best-seller mundial. No livro, Marshall explica o conceito da seguinte forma:

“A CNV se baseia em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas. Nossas palavras, em vez de serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas conscientes, firmemente baseadas na consciência do que estamos percebendo, sentindo e desejando”.

Praticar a “Comunicação não-violenta” nos ajuda a focar na solução de problemas diante de um cenário onde os colaboradores se sentem mais à vontade para expressar suas ideias e intenções. Esse ambiente de confiança gerado pela CNV, acaba promovendo resoluções menos doloridas e mais assertivas. O time se sente pertencente a um ambiente muito mais cooperativo e colaborativo.

A comunicação pautada na verdade também tem que ser levada em consideração. Hoje, a transparência involuntária virou a tônica do momento. A verdade tem emergido com força em nosso mundo contemporâneo. Estamos tão interconectados que os espaços para manobras e dissimulações estão ficando cada vez menores. Olha que bom!

Hoje as paredes realmente têm ouvidos, então, quanto mais pautarmos nossas ações na verdade e naquilo que é o correto a ser feito, melhor. A verdade não tem contra-indicação. Ela é o pilar mais seguro para comunicação que existe. 

Estamos todos aprendendo com os novos tempos e quanto mais estivermos abertos às novas lições, mais estaremos alinhados ao futuro em construção.

Para fechar, vamos usar a citação do Mauricio Benvenutti, sócio da StartSe e autor do livro “Incansáveis”:

“Você não constrói uma empresa, você constrói um time e o time constrói uma empresa. O resultado que uma empresa entrega e gera é fruto do trabalho de um time.“

O mundo já mudou e essa mudança pede também uma revisão da maneira com que nos comunicamos. A comunicação mais assertiva, humana e empática gera conexões cada vez mais reais. E assim, vamos construindo um mundo melhor.

SEGUEM OS PLAYERS:

Os textos foram escritos por Renata Orrico – Produtora executiva e empreendedora da Enjoy Conteúdo e Luah Galvão – comunicadora 360º e colunista do blog “O que te motiva” no portal da Revista Exame.

Locução – Luah

Edição e produção dos áudios – Danilo España

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Joni Mengaldo

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