As companhias precisam promover ações afirmativas para garantir igualdade racial e de gênero
Mauricio Pestana
Isto É Dinheiro
Brasil Diverso – Todos pela igualdade! Este foi o projeto lançado em uma reunião sem grande alarde, mas de muito peso e conteúdo ocorrida no dia 24 de outubro, no Holiday Hotel, em São Paulo. Participaram pesos pesados da área da indústria e do comércio, empresas que vêm se destacando na área de inclusão racial e de gênero como Grupo Itaú, Bayer do Brasil, Microsoft e Carrefour, assim como novos atores interessados em adquirir mais informações sobre o assunto e introduzi-lo em suas corporações.
Algumas falas tiveram grande impacto como as de Rachel Maia, CEO da Pandora. “Devemos estruturar essa iniciativa para tangibilizá-la”, disse. Ela comentou a frequência com que adentra nos espaços corporativos na América Latina como a única mulher negra, nascida num país de mais de 200 milhões de habitantes, cuja metade da população é de afrodescendentes e a única CEO de uma grande empresa, no caso, a multinacional italiana que é a segunda maior rede de joalherias no mundo.
style="display:block" data-ad-format="autorelaxed" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="7514086806">Encontro reuniu líderes de empresas como Bayer do Brasil,
Grupo Itaú, Pandora, Microsoft e Carrefour
Rachel enfatizou também a necessidade de estruturação para além de uma dimensão visual e lembrou a reação de usuários e leitores em sua conta de Linkedin, ou seja, o não reconhecimento do problema. As ações precisam ser genuínas e devem ser coletivas. Medidas práticas e não apenas discursivas.
Para Theo Van der Loo, CEO da Bayer, outro participante do encontro, se tivesse que mudar alguma coisa em seu recente engajamento da inclusão racial e de gênero no mercado de trabalho, só mudaria o tempo, pois um tema tão importante do ponto de vista humanitário e de construção de um país melhor deveria fazer parte da pauta das empresas há décadas. “Não é possível imaginar o Brasil sem inclusão racial e sem o compromisso com a diversidade”, concluiu o presidente da Bayer do Brasil.
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