A chegada ao Brasil de Trulicity (dulaglutida), o primeiro tratamento semanal injetável indicado para controlar o diabetes tipo 2, marca o início de uma nova era para a filial brasileira da Lilly. O lançamento é a primeira inovação totalmente desenvolvida nos centros de pesquisa da companhia norte-americana na última década, e um dos principais ativos da subsidiária brasileira para oferecer inovação contínua no segmento.
A nova molécula é o primeiro passo em direção à meta de disponibilizar o portfólio mais completo de soluções para o tratamento de diabetes no Brasil até 2020, revela o presidente da Lilly do Brasil, Julio Gay-Ger. A subsidiária nacional é a segunda mais importante entre as nações emergentes, atrás apenas da China. A trajetória da Lilly no mercado de diabetes teve início em 1923, quando lançou a primeira insulina comercial do mundo. Hoje, 17 terapias compõem o portfólio global da companhia para o controle do diabetes tipos 1 e 2, alguns desenvolvidos em parceria com outras empresas.
Reforço para consolidar liderança nacional
No Brasil, a Lilly disponibiliza dez terapias, entre insulinas, medicamentos orais e injetáveis. A consolidação no mercado nacional está amparada na oferta de terapias inovadoras desenvolvidas exclusivamente pela empresa ou por meio de alianças estratégicas com outras indústrias farmacêuticas. Com o lançamento de Trulicity, uma terapia injetável da classe dos agonistas do receptor de GLP-1, a Lilly pretende oferecer o portfólio mais completo para o tratamento do diabetes do mercado brasileiro. Entre agosto de 2014 e julho de 2015, os medicamentos dessa classe movimentaram cerca de R$ 147 milhões.[1]
Estamos extremamente confiantes que, em pouco tempo, Trulicity conquistará a preferência da classe médica e dos pacientes devido a seus diferenciais únicos. Sabe-se que um dos principais motivos pelos quais muitos pacientes com diabetes tipo 2 estão fora das metas de glicemia é a dificuldade em aderir ao tratamento. Portanto, o controle efetivo da glicemia, aliado à administração semanal e à caneta aplicadora inteligente que permite confirmar a dose e não possui agulha exposta, são grandes benefícios da nova terapia, ressalta o presidente.
Em 2015, segundos dados do International Diabetes Federation (IDF), havia no Brasil 14,3 milhões de pessoas vivendo com diabetes, sendo que 40% não sabem que têm a doença. No ano, foram gastos US$ 22 bilhões com o tratamento do diabetes no país.[2]
A contribuição do Brasil para a inovação
No segundo trimestre de 2016, a Lilly somou US$ 5.405 bilhões em vendas líquidas, valor 9% superior ao mesmo período de 2015 e investiu US$ 1.336 bilhão em pesquisa e desenvolvimento de novas soluções em saúde, o equivalente a 26,5% de sua receita. O montante é 14% superior ao destinado no mesmo período de 2015.[3]
A área dedicada ao desenvolvimento de terapias que irão enfrentar os desafios de saúde da próxima década e liderar o crescimento da empresa emprega cerca de 20% dos profissionais e conta com aproximadamente oito mil colaboradores. Não é à toa que a Lilly possui um dos pipelines mais ricos de sua história. Ao todo, são oito moléculas em Fase 3 de desenvolvimento, 21 em Fase 2 e 24 em Fase 1.
O Brasil contribui significativamente para o desenvolvimento de novos medicamentos desde 1995, quando deu início à realização de estudos clínicos no país. Até hoje, mais de 200 pesquisas clínicas, que acompanharam cerca de 15 mil pacientes em aproximadamente 800 centros de referência, já foram desenvolvidas no país.
A fábrica nacional tem igual importância, com a produção de comprimidos e cápsulas. Foi inaugurada em 1953 e, desde então, vem recebendo significativos investimentos para renovação de equipamentos e modernização. Desde 2002, já foram investidos mais de R$ 57 milhões no país.
Programas globais de saúde
Em setembro de 2011, a Lilly anunciou o lançamento da Parceria Lilly de Doenças não Comunicáveis (NCD), uma importante iniciativa de responsabilidade corporativa que visa contribuir com a saúde global e redução do peso que as doenças crônicas não transmissíveis representam. Esta é a proposta da Lilly para atender às necessidades urgentes de soluções para combater doenças como o diabetes e hipertensão em quatro economias emergentes selecionadas: África do Sul, Brasil, Índia e México.
A Lilly se comprometeu com US$30 milhões durante cinco anos para o desenvolvimento de modelos que possam contribuir para o controle, prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis. A Parceria Lilly de Doenças não Comunicáveis combina os recursos da empresa com o conhecimento de organizações de saúde para identificar novos modelos de tratamento de pacientes que aumentem o acesso ao tratamento e melhore os resultados dos pacientes.
Em 2013, o Brasil entrou no programa Parceria Lilly de Doenças Não Comunicáveis para trabalhar com instituições do país no fortalecimento dos cuidados com o diabetes, além de educação e conscientização sobre a doença. A Lilly Brasil trabalha em parceria com a Fundação Médica do Rio Grande do Sul e com o Instituto da Criança com Diabetes (ICD) para estabelecer protocolos de prevenção e educação, respectivamente.
Com a Fundação Médica do Rio Grande do Sul, o programa está conduzindo um estudo randomizado com cerca de 7 mil mulheres para avaliar os efeitos da mudança do estilo de vida para prevenir o diabetes tipo 2 em mulheres que desenvolveram diabetes gestacional. O objetivo deste trabalho é reduzir de 40% a 50% a incidência do diabetes tipo 2 em mulheres em risco devido ao diabetes gestacional.
O projeto com o Instituto da Criança com Diabetes busca criar um modelo de educação sobre o diabetes tipo 1 baseado na expertise do ICD e sua metodologia própria. Através de um modelo de educação consistente e formação mais ampla dos profissionais de saúde e de pacientes com diabetes tipo 1 e seus familiares, o projeto busca empoderar o paciente no autocontrole da doença e reduzir em 80% as complicações e hospitalizações causadas pelo diabetes tipo 1.
[1] INTERNATIONAL Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas 7th edition. Disponível em: . Acesso em: 12 ago. 2016.
[2] INTERNATIONAL Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas 7th edition. Disponível em: . Acesso em: 12 ago. 2016.
[3] Eli Lilly and Company. Lilly Reports Second-Quarter 2016 Results, Provides Financial Expectations Through the Remainder of the Decade. Disponível em: . Acesso em: 12 ago. 2016.
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