Lucro da Bayer caiu 40,1% para 1.645 milhões de euros

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O grupo químico e farmacêutico alemão Bayer viu cair em 40,1% o lucro líquido atribuído no primeiro semestre do ano, para 1.645 milhões de euros, informou a empresa.

Segundo a farmacêutica alemã, a faturação subiu entre janeiro e junho 31,6%, para 24,5 milhões de euros, tendo em conta a compra da Monsanto e o crescimento na área dos medicamentos com receita e na divisão de medicamentos de venda livre, assim como nos suplementos alimentares e nos produtos para o cuidado do corpo.

No entanto, o volume de negócios diminuiu na divisão de produtos fitossanitários e para a agricultura devido às más condições climatéricas, com inundações e fortes chuvas na parte centro-oeste dos Estados Unidos e seca em algumas partes da Europa e do Canadá.

As disputas comerciais também tiveram um efeito negativo na faturação.

O lucro operacional caiu 21,3% no primeiro semestre, para 2.876 milhões de euros.

A Bayer teve neste período gastos extraordinárias 1.909 milhões de euros (440 milhões a menos do que um ano antes) devido à integração do fabricante de transgénicos norte-americano Monsanto, aos custos de reestruturação e ao desinvestimento dos produtos para os pés da Dr. Scholl’s.

O grupo alemão, que criou um comité no conselho de supervisão para seguir os procedimentos legais para o glifosato e é aconselhada por conhecidos advogados americanos, enfrenta agora 18.400 processos nos Estados Unidos, 5.000 a mais do que no primeiro trimestre.


Até agora, três tribunais condenaram a Bayer a pagar uma indemnização por considerar que o glifosato, que é o composto do herbicida contra as ervas daninhas RoundUp, da Monsanto, é cancerígeno.

Posteriormente, vários juízes reduziram a indemnização estabelecida pelos tribunais do júri.

No entanto, a Bayer reitera no balancete que está convencida de ter bons argumentos para se defender contra as acusações, apresentou recursos e trabalha de forma construtiva nos processos de mediação estabelecidos por um juiz federal na Califórnia.

O grupo indicou que pretende recorrer para contestar o princípio da responsabilidade, sublinhando, há meses, que nenhum regulador do mundo concluiu que o glifosato era perigoso desde que foi introduzido no mercado, em meados dos anos 1970.

A empresa confirmou as suas previsões para 2019 e espera uma faturação de 46.000 milhões de euros, 4% a mais que em 2018.

Estas previsões não incluem os planos para se afastar dos produtos de cuidados com animais, a venda de cremes de proteção solar Coppertone e o dos produtos de cuidados com os pés da Dr. Scholl, bem como o desinvestimento de 60% da empresa alemã de serviços Currenta.

Fonte: Dinheiro Vivo

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