Enquanto vários setores enfrentam dificuldades, o varejo farmacêutico nacional vive um momento muito positivo, com forte crescimento. Segundo o Sebrae, mais de 29 mil farmácias foram abertas nos últimos três anos, sendo as micro e pequenas empresas responsáveis por 85% desses novos pontos de venda. São 191.689 farmácias e drogarias por todo o Brasil, incluindo filiais de grandes, médias e pequenas redes, estabelecimentos independentes, franquias, mercado magistral e farmácias públicas e comunitárias.
Vários motivos contribuíram para essa expansão. Entre eles está a Covid-19, que ampliou o protagonismo das farmácias com os serviços de atenção primária. O ano de 2021 teve o maior volume de inaugurações dos últimos dez anos, com 12.758 novos estabelecimentos. Em 2022, foram 6 mil novos pontos, número menor que em 2021, mas ainda muito expressivo. “As pessoas passaram a se preocupar mais com a saúde e a procurar as farmácias para se informar e realizar acompanhamentos. Muitos estabelecimentos contam com consultórios que realizam atendimento clínico personalizado de pacientes”, conta Maurício Filizola, diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e presidente da Rede de Farmácias Santa Branca.
Maurício Filizola explica ainda que nesses locais, sob a orientação de um profissional farmacêutico, é possível fazer exames como Beta HCG, Perfil Lipídico (colesterol) e glicemia, entre outros, além de avaliar as medicações tomadas pelo paciente para evitar a automedicação e as interações prejudiciais. Nos consultórios farmacêuticos também é possível acompanhar a evolução clínica, fazer a gestão do peso e o encaminhamento para outros profissionais da área da saúde caso seja necessário, entre outros serviços. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) existem cerca de 4,8 mil consultórios farmacêuticos no país. Somente no Ceará são 225.
“Isso está acontecendo porque as farmácias estão investindo fortemente em tecnologia e inovação, proporcionando um atendimento melhor para o cliente e tornando o trabalho mais eficiente e otimizado”, diz Maurício Filizola. “Tudo isso torna as farmácias verdadeiros centros de promoção de saúde”, complementa.
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