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Em um setor conhecido pela inovação científica e pela rígida regulamentação, há um movimento que raramente é visível para o público em geral, mas que molda silenciosamente os medicamentos que chegam às prateleiras: as fusões e aquisições (F&A). Agora, um levantamento exclusivo feito pela DPM Editora e Revista Uppharma lança luz sobre essas transformações, apresentando um verdadeiro mapa genético das companhias farmacêuticas brasileiras — uma teia complexa e fascinante de negócios, marcas e histórias.

 

De Laboratórios Locais a Gigantes Globais

O estudo traça a evolução de centenas de empresas ao longo de seis décadas, de 1965 a 2025, revelando como pequenos laboratórios familiares foram absorvidos por grupos nacionais, que por sua vez foram engolidos por corporações internacionais. É uma narrativa em constante mutação, onde nomes que marcaram gerações de profissionais da saúde desapareceram, ressurgiram ou se fundiram a outros de forma inesperada.

  • Décadas de 1965 a 1984: O cenário era dominado por laboratórios locais e parcerias com multinacionais emergentes. Marcas como Moura, Kerato, Villela e Frumtost ainda eram independentes.
  • Entre 1985 e 2004: Começa o ciclo mais agressivo de consolidações. Nomes como Sandoz, Hoechst, e Beecham entram em fusões que mais tarde resultariam em gigantes como Novartis e GSK.
  • De 2005 até hoje: A onda de internacionalização se intensifica, com grupos como Eurofarma, Aché, Cristália, Biolab e Hypera consolidando o setor nacional — e competindo de igual para igual com players como Pfizer, Sanofi, AstraZeneca e Bayer.

 

Marcas Que Moldaram o Mercado

A visualização elaborada pela Revista Uppharma é mais que um infográfico: é um retrato histórico. Ela conecta cerca de 200 marcas em uma rede que revela ligações estratégicas e heranças empresariais. Alguns destaques:

  • Aché aparece como um dos protagonistas do mercado nacional, presente em diversas fusões ao longo das décadas.
  • Pfizer e Abbott, multinacionais com longa trajetória no Brasil, absorveram ativos de dezenas de empresas locais.
  • Eurofarma e EMS são exemplos de empresas brasileiras que cresceram incorporando marcas consagradas e se tornaram exportadoras de inovação.

 

O Que Essa Evolução Revela?

Mais do que negócios e estratégias corporativas, o estudo revela como a saúde no Brasil foi impactada por decisões empresariais que muitas vezes escapam ao olhar público. A concentração de mercado, o desaparecimento de marcas tradicionais, e o surgimento de conglomerados influenciam diretamente desde o preço dos medicamentos até o acesso a tratamentos inovadores.

O trabalho da DPM Editora - Revista Uppharma - é também um convite à memória — e à reflexão. Afinal, entender o passado é essencial para vislumbrar os próximos passos da indústria farmacêutica.

 

Conclusão: O Mapa Está Vivo

A publicação não apenas documenta o passado, mas aponta para o futuro. Com as novas dinâmicas globais, políticas públicas em transformação e o avanço da biotecnologia, o mapa das fusões ainda está longe de ser definitivo. E acompanhos de perto essas mudanças, trazendo à tona o que está por trás dos medicamentos que chegam até você.

 

Baixe o Mapa das fusões aqui e a Revista UPpharma Junho 2025 aqui

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