Por Valor Economico
O futuro presidente de Bayer Brasil será Marc Reichardt-Ros, que assumirá o posto com a prioridade número um de consolidar o Brasil como o segundo mercado no mundo para o gigante de agroquímicos alemão.
Atualmente, o Brasil é o segundo mercado da divisão agrícola, depois dos EUA. Mas, com a aquisição da Monsanto por US$ 66 bilhões, essa divisão vai dobrar de tamanho no Brasil, tornando o mercado brasileiro o segundo mais importante globalmente para a companhia."A prioridade vai ser a integração da Monsanto nos próximos dois a três anos e continuar crescendo no Brasil", afirmou ele ao Valor. "Ainda há muitas oportunidades de crescimento, sobretudo no setor agrícola".
Marc Reichardt-Ros deixa a chefia de operações comerciais agrícolas da divisão da multinacional na Alemanha. Ele já foi chefe das operações no Brasil entre 2006 e 2013. É de nacionalidade espanhola, e obteve a nacionalidade brasileira há um ano e meio.
O atual presidente da Bayer no Brasil, Theo van der Loo, vai se aposentar em breve. Haverá um período de transição até Marc desembarcar de vez no Brasil. "Foi uma boa solução para todos", afirmou Der Loo.
Reichardt-Ros mostra-se tranquilo sobre os desinvestimentos que a companhia precisará fazer no Brasil, em razão da fusão com a Monsanto. A venda da área de sementes para a também alemã Basf é considerada a melhor solução, inclusive porque vai manter todos os funcionários desse segmento.
Para este ano, Reichardt-Ross estima que o negócio no Brasil vai crescer 15%. Com isso, vai recuperar os US$ 300 milhões que perdeu no ano passado nas operações no país. Para 2019, o executivo é mais prudente. "Precisamos entender o que vai nos aportar a Monsanto". Para Der Loo, a expansão dos negócios deverá ser ainda de dois dígitos.
Comentários