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por Correio do Estado (Portal MEC)

O Ministério da Educação investirá R$ 1,25 milhão no projeto “Pesquisa clínica e básica no âmbito das doenças gastro-hepáticas crônicas”, do Instituto do Fígado e de Transplantes de Pernambuco (IFP) e da Universidade de Pernambuco (UPE). O anúncio foi feito pelo ministro Mendonça Filho, ontem, 12, juntamente com representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao MEC, na sede do IFP, no Recife.

“Com esse investimento, a gente consegue contribuir para a formação médica de novos profissionais vinculados à saúde, médicos e enfermeiros, que terão atuação cada vez mais especializada no tratamento das doenças ligadas ao fígado”, explicou Mendonça Filho. “Temos também o desenvolvimento de pesquisas para que possamos avançar na solução de doenças que afetam crianças e adultos em Pernambuco e no Brasil”.

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O ministro aproveitou a oportunidade para lembrar que o IFP tem atuação significativa no país e é reconhecido não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil: “Esse espaço tem muita credibilidade no que diz respeito a pesquisas relacionadas ao fígado e, ao mesmo tempo, tem uma inserção do ponto de vista social extremamente relevante. Aqui nós reunimos aspectos relacionados à saúde e temos também um espaço destinado a educação e pesquisa”.

Aprimoramento – O projeto busca ajudar na formação de recursos humanos e fortalecer as pesquisas, sobretudo na área da gastro-hepatologia – estudos que incluem biologia molecular, avaliação de tumores do fígado, hepatite C, cirrose e doenças do aparelho digestivo. Com isso, o desafio será contribuir com o diagnóstico precoce das doenças hepáticas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A pesquisadora e docente Leila Maria Beltrão Pereira, presidente do IFP, é quem vai coordenar os trabalhos do projeto, que tem duração estimada de quatro anos. Participam seis pesquisadores, entre integrantes do próprio Instituto, da UPE e da Fiocruz, e sete alunos de pós-graduação da UPE e da Fiocruz.

Leila explica que os equipamentos são de ponta, alguns ainda não disponíveis no estado para o SUS, e que isso vai enriquecer a saúde pernambucana. “Com essa verba, vamos ampliar não só o atendimento, mas, principalmente, [o número de] profissionais envolvidos na área da pesquisa ou de ensino”, afirma. “Atendemos uma área ampla da região Norte e Nordeste e temos vários alunos de pós-graduação também dessa região que vêm fazer a sua formação aqui na nossa instituição”.

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Recursos – Os investimentos serão destinados à aquisição de equipamentos, entre os quais o Fibroscan, para diagnóstico de fibrose hepática (será o primeiro equipamento desse tipo a ser utilizado pelo SUS dedicado à pesquisa no estado de Pernambuco); videolaparoscópios eletrônicos, necessários para averiguação dos pacientes cirróticos quanto à presença de varizes esofágicas; e videocoloscópios eletrônicos utilizados para realização da colonoscopia.

Parte dos recursos será aplicada no desenvolvimento de sistema informatizado e na manutenção dos equipamentos de tomografia, ressonância, endoscopia e colonoscopia e calibração de equipamentos de laboratório.

Presente ao evento, o coordenador da Capes, Geraldo Nunes, afirmou ter a consciência de que, com esse projeto, a instituição está investindo em qualidade e no novo rumo que o país deve adotar com relação à pesquisa. “Qualidade é um requisito básico, mas esse projeto vai muito além, pois propicia a interação necessária das universidades com o meio social e com o setor produtivo”, declarou.

IFP – O Instituto do Fígado e Transplantes de Pernambuco desenvolve uma série de pesquisas de pós-graduação na área de saúde em parceria com a UPE. O IFP é uma associação privada, sem fins lucrativos, com sete anos de atuação na pesquisa, prevenção e tratamento das doenças do aparelho digestivo, principalmente as hepáticas. O instituto atende exclusivamente a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), possuindo título de utilidade pública municipal, estadual e Federal.

Atualmente, o IFP compõe uma das maiores redes de diagnóstico e pesquisa clínica do país na especialidade, o que faz de Pernambuco uma referência em serviços relacionados às doenças hepáticas.

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