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Ranibizumabe, medicamento anti-VEGF, foi incorporado ao Sistema Único de Saúde e deve estar disponível em até 180 dias

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Público de Saúde (Conitec) aprovou a incorporação do ranibizumabe, medicamento biológico produzido pela Novartis, para o tratamento do edema macular diabético (EMD). Com esta aprovação, o ranibizumabe será disponibilizado nos hospitais de referência no Sistema Único de Saúde (SUS), após algumas etapas de aprovação.

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Após a consulta pública, realizada ao longo do mês de abril, que contou com a contribuição de pacientes, familiares, especialistas e profissionais de saúde, a decisão favorável à incorporação do medicamento no SUS foi comunicada no último dia 5 de agosto de 2020.

O ranibizumabe é parte de um anticorpo e liga-se seletivamente a uma proteína chamada fator de crescimento endotelial vascular humano A (VEGF-A), que está presente na retina. A hiperglicemia em pacientes com diabetes pode causar um aumento do VEGF-A e, consequentemente, afetar a permeabilidade vascular da retina. Com os vasos sanguíneos mais permeáveis, existe a chance de acúmulo de líquidos e proteínas, formando o edema macular1. O tratamento com anti-VEGF (ranibizumabe) bloqueia a atividade dessa proteína e retarda o progresso do edema macular. O medicamento está disponível em mais de 110 países.

“A incorporação de ranibizumabe na rede pública de saúde representa um passo importante para o tratamento de pacientes com diabetes não controlado, já que muitas pessoas com esta doença desenvolvem o edema macular1. Oferecer a esses pacientes um tratamento inovador e seguro é um grande alívio e demonstra o esforço de toda a sociedade em torná-lo possível”, destaca a Dr.ª Liane Touma, Head de Área Terapêutica da Novartis e médica oftalmologista.

Panorama sobre a edema macular diabético

Segundo a OMS, o Brasil é o 8º país em prevalência do diabetes2, doença que atinge cerca de 463 milhões de pessoas mundialmente3, sendo 90% desses casos do tipo II4. Quando o diabetes não é controlado adequadamente, pode ocasionar diversas complicações5, como perda da visão, o que coloca o diabetes como a principal causa de cegueira em pessoas em idade produtiva6. O edema macular diabético (EMD) é uma das possíveis complicações. O excesso prolongado de açúcar no sangue prejudica os vasos sanguíneos, causando o extravasamento de líquidos e o consequente “inchaço” da retina1.

Estudos mostram que depois de 20 anos com diabetes, 90% dos pacientes com o tipo I e 60% dos pacientes com o tipo II desenvolvem retinopatia diabética, e cerca de 30% dessas pessoas desenvolverão o EMD6.

“O ranibizumabe para edema macular diabético é uma das oito indicações que o medicamento possui, e a incorporação dele na rede pública é um grande avanço para o tratamento da doença. Ao tratar o edema macular diabético, o paciente ganha qualidade de vida e melhora sua independência em atividades diárias, como ler um simples jornal, cozinhar ou assistir a um filme.”, completa Touma.

Saiba mais em https://www.novartis.com .

Referências:

1- The Lancet Diabetes & Endocrinology. Diabetic macular oedema. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2213858716300523 Acesso em janeiro de 2017.

2- Panamerican Health Organization (PAHO). Disponível em https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=394:diabetes-mellitus&Itemid=463.Último acesso em 19 de fevereiro de 2020.

3- International Diabetes Federation (IDF Diabetes Atlas). Disponível em https://diabetesatlas.org/en/. Último acesso em 19 de fevereiro de 2020.

4- International Diabetes Federation (IDF Diabetes Atlas). Disponível em https://diabetesatlas.org/en/. Último acesso em 19 de fevereiro de 2020.

5- Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2018/poster-atlas-idf-2017.pdf. Acesso em setembro de 2019.

6- World Blind Union. Diabetic retinopathy. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2018/poster-atlas-idf-2017.pdf. Acesso em setembro de 2019.

7- Diretrizes Brasileiras de Diabetes (SBD) de 2014 e 2015. Retinopatia diabética. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-tipo-1/012-Diretrizes-SBD-Retinopatia-Diabetica-pg149.pdf. Acesso em setembro de 2019.

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