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Medicamento desenvolvido por inteligência artificial (IA) será testado para o tratamento de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

por Guilherme Preta, editado por Matheus Luque

Olhar Digital

Medicamento será usado no tratamento de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

As inteligências artificiais (IA) estão se tornando cada vez mais presentes e usuais para os seres humanos. Agora, uma IA criada pela startup britânica Exscientia e pela empresa farmacêutica japonesa Sumitomo Dainippon Pharma criou um medicamento que deve ser testado em humanos em pouco tempo. O remédio será usado no tratamento de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

O desenvolvimento de medicamentos costuma levar cerca de cinco anos para ser concluído, porém, a IA leva apenas 12 meses. Diretor executivo da Exscienta, o professor Andrew Hopkins descreveu o evento como um “marco fundamental na descoberta de drogas”. Em entrevista à BBC, ele afirmou que “já vimos a inteligência artificial diagnosticar pacientes e analisar dados e exames, mas esse é um uso direto da IA na criação de um novo medicamento”.

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Conhecido como DSP-1181, o remédio foi criado usando algoritmos que vasculhavam possíveis compostos, comparando-os com um enorme banco de dados de parâmetros. “São necessárias bilhões de decisões para encontrar as moléculas corretas e é uma decisão enorme projetar um medicamento com precisão”, disse Hopkins. “Mas a beleza dos algoritmos é que eles são agnósticos, portanto podem ser aplicados a qualquer doença”, acrescentou.

O medicamento vai entrar em fase inicial de teste no Japão. Caso bem sucedido, a avaliação vai passar para a fase global. A empresa já trabalha em medicamentos em potencial para o tratamento de câncer e doenças cardiovasculares. Além disso, espera ter outro medicamento pronto para testes clínicos até o final do ano.

“Este ano foi o primeiro a ter um medicamento projetado pela IA, mas até o final da década todos os novos medicamentos poderiam ser criados pela IA”, destacou Hopkins. Paul Workman, executivo-chefe do Instituto de Pesquisa do Câncer afirmou que “a inteligência artificial tem um enorme potencial para aprimorar e acelerar a descoberta de medicamentos”.

Via: BBC

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