Medicamento genérico: benefícios além do preço (Foto: Ilustração iStock/ Farma Conde)
Especialista destaca a eficácia, as vantagens e a importância dos genéricos
G1
Por Farma Conde
medicamento conhecido por genérico é aquele que possui os mesmos princípios ativos, na mesma dose e forma farmacêutica, e que também é administrado pela mesma via, com mesma posologia e indicação do medicamento de referência, apresentando eficácia compatível.
“As diferenças entre os medicamentos de referência e seus genéricos correspondentes são tão pequenas que eles podem ser utilizados em substituição aos primeiros com os mesmos resultados para o tratamento dos pacientes”, afirma Dirceu Raposo de Mello, farmacêutico bioquímico e doutor em análises clínicas.
Quando surgiram no Brasil, pela lei nº 9.787 em 1999, os genéricos enfrentaram muita desconfiança sobre sua eficácia e segurança. Porém, cada dia mais, esses medicamentos têm sido incorporados ao consumo da população como elemento importante no acesso à saúde.
Além do preço - já que o medicamento genérico deve ser, no mínimo, 35% mais barato que o medicamento de referência -, os genéricos apresentam outras vantagens que nem sempre são repercutidas. Entre elas:
style="display:block" data-ad-format="autorelaxed" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="7514086806">•Redução dos preços dos medicamentos de referência e diminuição dos custos dos tratamentos, por meio do estímulo à concorrência;
•Aumento do acesso da população a medicamentos de qualidade, seguros e eficazes - os genéricos respondem a quase 30% das vendas do mercado farmacêutico e 85% dos produtos do Programa Farmácia Popular;
•Regulação sanitária, com regras que estabelecem a segurança do que consumimos;
•Atualização contínua nos testes de bioequivalência;
•Desenvolvimento da indústria, já que impulsionam o investimento dos fabricantes na produção e no aperfeiçoamento dos medicamentos;
•Crescimento do mercado farmacêutico e estimulo à economia nacional.
Por determinação, os genéricos, além de cumprirem todas as provas que garantem equivalência farmacêutica e bioequivalência, somente são autorizados a ingressar no mercado com, no máximo, 65% do preço do medicamento ao qual se referenciaram.
“A ampliação do acesso aos medicamentos e a diminuição dos custos dos tratamentos para os pacientes é o principal benefício da política de medicamentos genéricos”, afirma Dr. Dirceu que, entre 2005 e 2011, foi Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, entre 1998 e 2003, foi Presidente do Conselho Regional de Farmácia – período da implantação da Lei de Medicamentos Genéricos no Brasil.
O doutor em análises clínicas também ressalta que os efeitos dos medicamentos genéricos estão dentro de uma margem de segurança pré-estabelecida por leis e normas - as mesmas que as dos medicamentos de referência – e que sua introdução no mercado brasileiro proporcionou o desenvolvimento de produtos.
“Com os medicamentos genéricos, criou-se toda uma indústria de desenvolvimento de produtos, testes de equivalência e bioequivalência, expertise regulatória, tendo beneficiado o desenvolvimento do parque industrial farmacêutico no país”, destaca.
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