A Nestlé não está preocupada com o impacto dos medicamentos para perda de peso no seu negócio de café, mas sim com as oportunidades de oferecer produtos de saúde para os consumidores que os utilizam, afirmou o CEO da empresa, Mark Schneider, em uma publicação no LinkedIn nesta quarta-feira (20). Informou a Forbes.
Schneider disse que não há evidências de que os pacientes que tomam os medicamentos, chamados de agonistas GLP-1, tenham menos vontade de tomar café, uma das principais categorias da Nestlé, que engloba marcas como Nespresso e Nescafé.
O café representa cerca de um quinto das vendas anuais da gigante suíça de alimentos, que em 2020 somaram 94,4 bilhões de francos suíços (US$ 109,53 bilhões).
Os medicamentos para perda de peso, como o Zepbound, da Eli Lilly, e o Wegovy, da Novo Nordisk, foram originalmente desenvolvidos para tratar a diabetes tipo 2, mas mostraram efeitos na redução do apetite e no retardamento do esvaziamento gástrico.
Esses efeitos podem levar à perda de massa muscular magra nos pacientes, o que pode ser prevenido com o aumento do consumo de proteínas e a prática de exercícios físicos, explicou Schneider.
Nesse sentido, a Nestlé vê uma oportunidade de expandir seu negócio de ciência da saúde, que já oferece produtos como barras, pós e bebidas proteicas para diferentes necessidades nutricionais.
“A Nestlé Health Science está bem posicionada para apoiar os pacientes que tomam GLP-1 com soluções nutricionais personalizadas”, escreveu Schneider.
A empresa também tem investido em outras áreas da saúde, como suplementos alimentares, vitaminas e probióticos.
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