O Estado de S.Paulo
NOVA YORK - Cinco médicos da cidade de Nova York foram acusados de receber mais de US$ 5 milhões da indústria farmacêutica em troca de milhões de prescrições de pílulas de oxicodona para pacientes que não tinham necessidade do medicamento. O indiciamento foi apresentado ontem a uma corte federal.
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O esquema chamou a atenção das autoridades americanas depois que vizinhos do médico Carl Anderson, de Staten Island, começaram a reclamar para a polícia de viciados que se aglomeravam em longas filas na porta do consultório.
Outros envolvidos são o médico Dante A. Cubangbang, de Manhattan, e sua enfermeira, que prescreveram 3,3 milhões de pílulas de oxicodona que foram pagas pela cobertura médica pública, o Medicare e o Medicaid, por um período de três anos. A quantidade é mais do que o dobro da segunda droga mais prescrita dentro do sistema público de saúde.
O escândalo é mais um em uma sequência de processos em todo os EUA contra médicos, executivas de companhias farmacêuticas e traficantes de drogas. O caso deve enfatizar ainda mais a maneira como os opiáceos têm sido comercializados agressivamente nos EUA, contribuindo para uma epidemia que matou 72 mil americanos no ano passado.
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Há um ano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou oficialmente a crise dos opiáceos uma “emergência nacional”. Em março, outros cinco médicos de Manhattan haviam sido indiciados sob acusações de terem recebido propina e suborno do Insys, laboratório que fabrica o Subsys, a forma em spray do analgésico fentanil, altamente viciante. A substância é um opioide mais potente que a heroína, mas cujo efeito dura menos tempo, o que aumenta seu consumo. / NYT
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