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por Valor Econômico

Na corrida para dominar um campo disputado por novos medicamentos contra o câncer, a Merck está abrindo vantagem em relação às rivais com dados que mostram que o tratamento com Keytruda deu a um grupo de pacientes com câncer de pulmão avançado melhores chances de viver mais tempo do que a quimioterapia.

O Keytruda ajuda a direcionar o sistema imunológico contra os tumores e em um teste com o medicamento, apresentado no encontro da Sociedade de Clínica Oncológica Americana, em Chicago, os pacientes que receberam Keytruda como primeiro tratamento viveram quatro a oito meses mais do que os que passaram por quimioterapia, o tratamento padrão atual.

Os resultados se somam a uma série de dados da Merck, que tem sede em Kenilworth, Nova Jersey, nos Estados Unidos, que mostram que o Keytruda é efetivo contra a maioria dos tumores avançados de pulmão - eficiência que ajudou o medicamento a levantar US$ 3,81 bilhões em vendas no ano passado. Os dados também criam a oportunidade de alguns pacientes evitarem a tóxica quimioterapia. 

Um segundo estudo testou o medicamento em pacientes com câncer de pulmão com células escamosas não-pequenas, que é difícil de tratar. Concluiu-se que os pacientes viveram mais tempo quando receberam Keytruda como tratamento inicial em combinação com quimioterapia - primeiro resultado do tipo. Além disso, o medicamento reduziu em 36% o risco de morte durante o teste.

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Medicamentos similares da Roche Holding, da Bristol-Myers Squibb e da AstraZeneca ainda não mostraram benefícios tão amplos.

"Demonstramos a eficácia do Keytruda amplamente em cinco estudos randomizados, todos positivos", disse Roy Baynes, vice-presidente sênior de desenvolvimento clínico global da Merck Research Laboratories. "A oncologia é uma especialidade orientada por dados e acho, que no momento, os dados falam por si."


Padrão de tratamento

Os estudos também posicionam a terapia imunológica, que bloqueia uma proteína que ajuda os tumores a se esconderem do sistema imunológico, como novo padrão de tratamentos de linha de frente.

"Cada paciente como os do nosso estudo, com câncer de pulmão avançado diagnosticado recentemente, deve receber imunoterapia, em alguns casos sozinha e, em outros, em combinação com a quimioterapia", disse Gilberto Lopes, diretor associado de oncologia global do Sylvester Comprehensive Cancer Center da Universidade de Miami, que está apresentando os resultados do primeiro teste na reunião médica de Chicago. "O Keytruda foi o primeiro competidor em todas essas indicações. Tem um reconhecimento de marca difícil de superar."

O câncer de pulmão é o segundo tipo de tumor mais comum nos EUA, atrás do câncer de próstata nos homens e do câncer de mama nas mulheres, com 234.000 novos diagnósticos esperados para 2018, segundo a Sociedade Americana do Câncer. É também o mais mortal, pois mata 154.000 americanos por ano.

O Keytruda funcionou melhor em pacientes cujos tumores tinham altos níveis de uma proteína conhecida como PD-L1, que ajuda o câncer a se esconder do sistema imunológico. Entre os pacientes que tinham 50% ou mais de PD-L1, os que receberam Keytruda viveram em média por 20 meses, contra 12,2 meses dos que passaram por quimioterapia.

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