Assunção – O Brasil apoiou em uma reunião de ministros de Saúde do Mercosul nesta sexta-feira, em Assunção, o comitê de compra conjunta de remédios de alto custo, o que dará mais força ao bloco ao negociar os preços com a indústria farmacêutica.
O país se une assim a Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina, que já participavam desse comitê, em um dos acordos mais importantes entre os que foram aprovados na reunião.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">Além disso, foram incluídos nesta modalidade de compra conjunta os remédios oncológicos, o que, segundo explicou o Ministério da Saúde paraguaio em comunicado, se traduzirá em uma maior resposta estatal os pacientes com câncer e garantirá o acesso a tratamentos de última geração.
A diretora-geral de relações internacionais do ministério, María Antonieta Gamarra, comemorou a decisão e afirmou que “a presença do Brasil é fundamental no comitê, dado que faz número para obter melhores negociações”.
Gamarra também ressaltou que a incorporação do Brasil permitirá reduzir em uma “grande porcentagem” os preços de remédios para patologias de baixa incidência, mas de preço muito elevado, mediante a compra em maior escala.
O Paraguai já adquiriu mediante as negociações de preços em bloco remédios para o tratamento de hepatite C e alguns anti-retrovirais.
Fora a negociação conjunta de preços, os ministros de Saúde dos países do Mercosul ratificaram a intenção de continuar avançando em temas como o fortalecimento das autoridades de saúde reguladoras, a cobertura universal da saúde e o acesso a remédios essenciais.
Na reunião, realizada como parte da Cúpula de Presidentes do Mercosul, na próxima segunda-feira, o ministro da Saúde paraguaio passou o bastão para o colega uruguaio, já que o Uruguai receberá do Paraguai a presidência semestral do bloco nesse dia.
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