Em alguns casos, a detecção de câncer assistida por Inteligência Artificial (IA) pode ser mais do que uma conveniência – pode ser a chave para obter um diagnóstico mais preciso e rápido. A Microsoft e a SRL Diagnostics, desenvolveram uma ferramenta baseada em inteligência artificial que ajudará a detectar o câncer cervical na Índia e em outros países onde o volume de pacientes pode ser muito grande.
A equipe da SRL Diagnostics estudou versões digitalizadas de slides Whole Slide Imaging (WSI), cada um com cerca de 300-400 células, manualmente e marcou suas observações, que foram usadas como dados de treinamento para a IA.
Um framework para uso da IA já está pronto para testes internos na SRL Diagnostics. Embora ainda não esteja pronta para uso em campo, ela já é consideravelmente melhor do que outros métodos de detecção de câncer baseados em IA – que ainda não são mais do que experimentos.
A Cervical Cancer Image Detection API, que é executada na plataforma de computação em nuvem Microsoft Azure, pode analisar os slides em busca de sinais do câncer cervical ainda nos estágios iniciais e notificar os patologistas nos laboratórios. O modelo de IA agora pode diferenciar entre slides normais e anormais com grande precisão e está atualmente na fase de validação nos laboratórios por um período de três a seis meses. Ele também pode classificar os slides com base nos sete subtipos de escala citopatológica cervical.
Há um incentivo extra para colocar isso em uso rapidamente. De acordo com dados do TechCrunch, cerca de 67.000 mulheres morrem de câncer cervical na Índia a cada ano, ou mais de um quarto das mortes em todo o mundo. Ao mesmo tempo, há apenas um número limitado de médicos que podem processar papanicolau e ajudar as mulheres a tomar as medidas necessárias. A análise eficaz e a detecção adiantada podem ajudar a reduzir a incidência do câncer cervical, mas parte do desafio é que hoje o processo de teste para detectar o início da doença é insuportavelmente demorado.
Só a SRL Diagnostics já recebe mais de 100.000 amostras por ano, e 98% delas são normais. A IA permitiria que os médicos se concentrassem apenas nos dois por cento das amostras que são problemáticas e assim ajudar as mulheres a iniciar o tratamento para a doença mais cedo.
Fonte: Mundo Conectado
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