Ministério da Saúde negocia a compra de doses da vacina contra a varíola dos macacos para o Brasil (Imagem: Wavebreakmedia/Envato Elements)
Brasil negocia a compra de doses da vacina contra a varíola dos macacos (Monkeypox), segundo secretário do Ministério da Saúde. No momento, o país registra três casos confirmados da infecção, sendo um no Rio Grande do Sul e dois em São Paulo.
As negociações para a compra de vacinas contra a varíola dos macacos foram confirmadas pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, durante entrevista para o jornal Metrópoles.
Caso o contrato seja fechado, as primeiras doses devem chegar em agosto. ‘A expectativa é que as doses cheguem entre o terceiro e o quarto trimestre deste ano, provavelmente a partir de agosto’, comenta o secretário.
No momento, o Ministério da Saúde já se encontrou com o fabricante dos imunizantes contra o vírus monkeypox. Além disso, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) está intermediando a aquisição.
Quem deve receber a vacina contra a varíola dos macacos?
De acordo com Medeiros, a vacinação contra a varíola dos macacos deve se limitar aos público de risco para a infecção. ‘É um público-alvo bem mais restrito do que o da covid-19″, adianta o secretário. Inclusive, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não orienta a vacinação em massa contra a doença.
No momento, o governo brasileiro pretende imunizar apenas profissionais de saúde, que têm a atuação relacionada com o diagnóstico da doença, e pessoas que tiveram contato próximo com o paciente infectado.
Anvisa aprova uso da vacina no Brasil?
Vale lembrar que, até agora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) “não recebeu solicitação de autorização para vacina ou medicamentos contra a varíola ou varíola do macaco”. Pedidos do tipo devem ser protocolados pelo próprio laboratório farmacêutico.
Em situações de emergência de saúde pública, a Anvisa explica que pode autorizar a importação, em caráter de excepcionalidade, como foi com as vacinas. “Para a eventual necessidade de importação de produtos, a Anvisa tem regulamentação que trata da importação de medicamentos e vacinas sem registro no Brasil, a resolução RDC 203/2017″, afirma. Provavelmente, essa alternativa deve ser usada para a importação das doses pelo Ministério da Saúde.
Fonte: Metrópoles e Anvisa
Comentários